A chamada Indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial, é quando se engloba tecnologias para automação. Espera-se que com ela pelo menos 30 novas profissões sejam criadas ao longo dos anos, beneficiando 8 diferentes áreas. Alguns dos setores que sofrerão tais mudanças são: automotivo, alimentos e bebidas, construção civil, têxtil e vestuário, tecnologia da informação e comunicação, máquinas e ferramentas, químico e petroquímico, petróleo e gás. Uma pesquisa realizada pela Price Waterhouse Coopers (PwC), mostrou que somente 9% das empresas estão em nível avançado de digitalização. Com isso, a expectativa é que até 2020 este percentual passe para 72%.
De acordo com um levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ao adotar os conceitos da Indústria 4.0 na matriz produtiva brasileira seria possível gerar uma economia de R$ 73 bilhões anualmente. Em sintonia com as 30 novas profissões que podem ser criadas, a ABDI acredita que a manutenção de equipamentos seja a mais capaz de se beneficiar. A redução dos custos e reparos pode chegar a R$ 35 bilhões ao ano.
O coordenador de Indústria 4.0 da ABDI, Bruno Jorge, explica que estas tecnologias têm impactos diferentes nos diversos empregos. “Um trabalho pode ser compreendido como um conjunto de atividades e na maior parte deles, o que provavelmente ocorrerá é uma transformação tecnológica de uma parcela dessas atividades. Por exemplo, um médico normalmente usa exames por imagens como diagnóstico para certas doenças. A análise dessas imagens poderá ser realizada por algum sistema de visão de máquinas, mas o diagnóstico continuará sendo feito pelo especialista. Ou seja, nas diversas profissões haverá um impacto diferenciado das tecnologias da Indústria 4.0, como a inteligência artificial”, comenta Bruno Jorge.
Os ganhos de eficiência produtiva são equivalentes a uma economia de R$ 31 bilhões, e os R$ 7 bilhões restantes correspondem a diminuição nos gastos com energia.
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