A robótica colaborativa é uma tecnologia recente que permite que robôs possam trabalhar lado a lado a operadores, de forma colaborativa. Isso é possível porque esses robôs possuem sensores que permitem detectar colisões com qualquer obstáculo, privilegiando a segurança. O impacto disto nas indústrias é gigantesco, uma vez que esses robôs conseguem realizar a mesma tarefa que pessoas, sem a necessidade de alterar demais o ambiente fabril para acomodá-los. Com isso, as fábricas podem aumentar a sua produtividade com a mesma quantidade de funcionários.
Os robôs inseridos neste contexto, porém, têm algumas restrições se comparados com os tradicionais. Entre elas estão: carregam pesos menores, trabalham com velocidades menores, têm alcances mais limitados. Entretanto, a implementação de um robô colaborativo não difere tanto de um projeto de um robô tradicional: é necessário desenvolver a garra (a mão do robô), verificar o alcance, o tempo de ciclo, a disposição dos materiais ao redor do posto de trabalho e sua integração com os equipamentos existentes.
Um ponto importante é que no caso do robô colaborativo é necessário considerar ainda os potenciais riscos ligados ao trabalho próximo a pessoas (ferramentas cortantes ou não, altura da movimentação, monitoramento da área ao redor, ...). A tecnologia usada para executar tarefas repetidas, como a robótica colaborativa, se destaca pois ajuda a prevenir LER ou problemas de segurança aos operadores.
Robótica colaborativa na Indústria 4.0
A robótica foi elencada como uma das 9 tecnologias chaves para indústria 4.0. Os robôs mais modernos possuem a capacidade de conectividade para serem monitorados em tempo real e adaptarem a sua atividade em função do que está sendo produzido.
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No mercado, começaram a aparecer novos tipos de robôs colaborativos nos últimos 2 anos, os robôs móveis. Estes são parecidos com pequenos carros elétricos, e permitem movimentar cargas de um lado ao outro da fábrica, de forma totalmente autônoma. Eles têm vários sensores e são capazes de identificar o ambiente onde são inseridos para desviar de obstáculos e planejar rotas diferentes caso o caminho ideal seja obstruído. A Pollux foi precursora em introduzir esses robôs no Brasil.
De acordo com Cedric Craze, diretor da Pollux, a densidade robótica no país hoje é de 10 robôs para cada 10.000 trabalhadores. Países desenvolvidos têm entre 350 e 450 robôs para cada 10.000 trabalhador. “Mesmo assim, esses países têm um índice de desemprego bem menor que o Brasil. Isso significa que o aumento de produtividade dessas fábricas permite gerar mais empregos, geralmente mais voltados para novos produtos, novos serviços, etc”, conclui Craze.
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