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10 erros mais comuns de empreses ao definir estratégia de nuvem

Uma boa estratégia para uso da computação em nuvem exige esforços estratégicos. Saiba como evitar erros

Por: Imprensa Gartner      19/12/2022 

O Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, alerta que uma estratégia de cloud bem-sucedida precisa avaliar e definir o papel da computação em nuvem em todos os pontos da organização. No entanto, análises indicam que os líderes de negócios e de TI continuam cometendo alguns erros comuns ao elaborar suas estratégias de nuvem. 

“Uma boa estratégia para uso da computação em nuvem deve começar com um documento curto e consumível, composto de 10 a 20 páginas ou slides”, diz Marco Meinardi, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Além disso, a estratégia de negócios deve ser a base da estratégia de cloud e fornecer orientação para aqueles que irão implementá-la, coexistindo com outros esforços estratégicos, não tentando refazê-los.” De acordo com os analistas do Gartner, os líderes de negócios e de TI devem criar uma estratégia de nuvem de forma colaborativa.

Pesquisa da companhia indica que os 10 erros mais comuns nesse processo são: 

1. Supor que o investimento em nuvem é só uma estratégia de TI 

A computação em nuvem não é apenas uma questão de tecnologia. Quem está fora de TI tem habilidades e conhecimentos essenciais para o sucesso da estratégia de uso da cloud computing. “Os líderes de negócios e de TI devem evitar o erro de conceber uma estratégia centrada em tecnologia e, depois, ter que tentar “vendê-la” para o resto do negócio”, diz Meinardi. “Negócios e TI devem ser parceiros iguais na definição da estratégia de nuvem.” 

2. Não ter uma estratégia de saída 

Elaborar uma estratégia de saída de um fornecedor de nuvem, ou seja, para deixar de usar serviços de um determinado plano, é uma tarefa difícil – e esse é um dos motivos pelos quais diversos líderes optam por não criar um plano com esse foco. Muitas organizações acreditam que não precisarão um dia retirar seus ativos do seu ambiente de nuvem. No entanto, uma estratégia de saída desse tipo é vital para o sucesso das iniciativas em nuvem de uma organização. “É como ter uma apólice de seguro na gaveta, que esperamos nunca precisar usar”, afirma o analista do Gartner. 

3. Confundir estratégia de nuvem com plano de implementação de nuvem

Uma estratégia para uso de recursos em nuvem é diferente de um plano de implementação de serviços em cloud, sendo que a estratégia de nuvem deve sempre vir primeiro. É a fase de decisão na qual os líderes de negócios e de TI decidem o papel que a computação em nNuvem desempenhará na organização. Um plano de implementação de cloud vem a seguir, colocando a estratégia definida em prática. 

4. Acreditar ser tarde demais para elaborar estratégia de nuvem 

Nunca é tarde para começar uma estratégia de cloud. “Se as organizações conduzirem a adoção das aplicações e recursos em nuvem sem uma estratégia, isso acabará causando resistência de indivíduos que não estão alinhados com os principais impulsionadores e princípios da estratégia”, explica Meinardi. “Como resultado, essa resistência diminuirá a adoção dos serviços em Nuvem e potencialmente comprometerá todo o projeto em torno desse tipo de oferta.” 

5. Igualar estratégia de nuvem com a ideia de “estamos movendo tudo para nuvem"

Muitas organizações assumem que ter uma estratégia de nuvem implica mover todos os dados e aplicações para cloud. “Essa abordagem impede muitos líderes de negócios e de TI de elaborar uma estratégia porque eles acham que isso significa que serão forçados a começar a usar a computação em nuvem para tudo”, diz Meinardi. “As organizações devem manter a mente aberta e fazer parceria com especialistas em tecnologias fora da nNuvem, como um arquiteto corporativo, que pode trazer um ponto de vista amplo na definição de seu plano para cloud.” 

6. Confundir estratégia de nuvem com estratégia de data center 

Muitas organizações confundem sua estratégia de nuvem com sua estratégia de data center. Embora as organizações precisem mantê-los separados, eles precisam garantir que estejam alinhados uns com os outros porque isso afeta o papel que a computação em nuvem desempenhará em sua organização. “As decisões de estratégia para cloud são próprias para cada carga de trabalho, e não decisões de data center apenas”, reforça o analista. 

7. Acreditar que um mandato executivo é estratégia 

Outro erro comum que as organizações cometem é adotar a computação em nuvem porque o Chief Executive Officer (CEO), Chief Information Officer (CIO) ou líder de uma unidade de negócios acredita que isso resultará em economia de custos. Os analistas do Gartner recomendam tratar mandatos executivos como patrocínio para elaborar uma estratégia de nuvem, e não como a estratégia em si. A estratégia para cloud também deve manter a conexão com os negócios, garantindo que as organizações saibam por que as cargas de trabalho estão se movendo e qual é o objetivo. 

8. Acreditar que contratar um fornecedor é a estratégia de nuvem

As organizações provavelmente usarão vários serviços de nuvem diferentes ao longo do tempo. Como o uso desses recursos pode se tornar cada vez mais amplo e diversificado, os líderes de negócios e de TI devem elaborar uma estratégia ampla, acomodando vários tipos de cenários, serviços de nuvem, fornecedores e ambientes fora da cloud. 

9. Terceirizar todo o desenvolvimento da estratégia de nuvem

Terceirizar a estratégia para cloud de uma organização pode parecer atraente, mas não deve ser feito. Em vez disso, os analistas do Gartner recomendam que os líderes de negócios e TI usem terceiros – até mesmo o provedor de nuvem – para implementação e apoio. Essa pode ser uma maneira econômica de adquirir as escassas habilidades de nuvem de que sua organização precisa. 

10. Dizer que é cloud-first é toda a estratégia de nuvem 

Uma abordagem que prioriza a computação em nuvem significa que, se alguém solicitar um investimento, o local padrão para colocar o novo ativo é em recursos de nuvem pública. “Mas ser cloud-first não significa ser apenas em nuvem. Se os líderes de negócios e de TI adotarem o princípio de nuvem em primeiro lugar, sua estratégia deve resolver as exceções à escolha padrão, com aplicações e dados que precisarão ser alocados em outros lugares, além do ambiente em nuvem”, recomenda Meinardi. 


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Imagem de capa: Depositphotos

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