A possibilidade de criarmos um gêmeo digital de nós mesmos está cada vez mais próxima. Isso porque, com os avanços tecnológicos, o universo físico tem sido cada vez mais replicado no ambiente digital.
De acordo com a publicação da BBC News Brasil, há pouco tempo os gêmeos digitais eram apenas modelos sofisticados de computador em 3D, no entanto, com a Inteligência Artificial (IA) combinada a Internet das Coisas (IoT), é possível construir diferentes cenários no ambiente digital, e eles estão em constante aprendizado.
Embora o gêmeo digital seja uma réplica exata de algo no mundo físico, sua única missão é ajudar a melhorar ou, de alguma outra forma, fornecer feedback à versão da vida real.
Para o analista de tecnologia Rob Enderle, as primeiras versões de gêmeos digitais podem ficar prontas “antes do final da década”. Além disso, Enderle acredita que a questão sobre quem é o dono de tais gêmeos será uma dos fatores mais debatidos na era do metaverso.
Já a professora Sandra Wachter, pesquisadora sênior em Inteligência Artificial (IA) da Universidade de Oxford, entende o apelo da criação de gêmeos digitais a partir de humanos: "É uma reminiscência de romances de ficção científica emocionantes e, no momento, esse é o estágio em que ele está".
Ainda sobre a IA, Sandra afirma: “temos um longo caminho a percorrer até que possamos entender e modelar a vida de uma pessoa do começo ao fim, assumindo que isso seja possível”.
Gêmeos digitais em diferentes áreas
O projeto Living Heart, da Dassault Systemes, criou um modelo virtual preciso do coração humano que pode ser testado e analisado, permitindo que cirurgiões simulem e experimentem uma série de cenários e situações com o órgão, usando vários procedimentos e dispositivos médicos.
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Já a empresa de software americana Nvidia administra uma plataforma chamada Omniverse, projetada para criar mundos virtuais e gêmeos digitais.
Um de seus projetos mais ambiciosos é construir um doppelgänger digital da Terra, capturando imagens de alta resolução de toda a sua superfície.
A Terra-2, como foi apelidada, usará uma combinação de modelos de aprendizado profundo e redes neurais para imitar ambientes físicos na esfera digital e apresentar soluções para as mudanças climáticas.
Imagem de capa: DepositPhotos.com
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