Em um esporte onde milésimos de segundo definem vitórias e derrotas, a McLaren Racing apostou na tecnologia de impressão 3D para ganhar vantagem competitiva. Com o suporte da Stratasys, empresa referência em manufatura aditiva, a equipe britânica conquistou em 2024 seu nono título do Campeonato de Construtores da Fórmula 1, consolidando a impressão 3D como uma ferramenta fundamental para o sucesso em alta velocidade.
A colaboração entre McLaren e Stratasys, iniciada em 2017, tornou-se cada vez mais estratégica. Hoje, a maior parte das peças aerodinâmicas do carro MCL38, guiado por Lando Norris e Oscar Piastri, é desenvolvida com o uso de impressão 3D, permitindo experimentações rápidas, prototipagem ágil e um nível de personalização impensável com métodos tradicionais.
Modelos precisos
A tecnologia PolyJet, por exemplo, permite criar modelos extremamente precisos em questão de minutos, auxiliando no desenvolvimento de componentes como volantes e dutos de ar. Já a estereolitografia (SLA), com impressoras NEO 800, é usada para testes em túnel de vento e produção de partes da carroceria, entregando peças robustas e detalhadas com agilidade e baixo custo. Segundo a McLaren, é possível imprimir diretamente peças que vão do laboratório ao túnel de vento sem retrabalho.
Além disso, a impressão FDM tem sido usada tanto na criação de ferramentas quanto na produção direta de suportes e peças funcionais, inclusive durante os fins de semana de corrida, graças à instalação de impressoras móveis nos boxes.
Para os especialistas da Stratasys, o segredo está na capacidade de iterar rapidamente: mais testes significam mais dados, e mais dados levam a decisões melhores. “Na Fórmula 1, qualquer detalhe conta. A manufatura aditiva está nos ajudando a otimizar cada aspecto do carro, com rapidez e precisão”, destacou Piers Thynne, diretor de operações da McLaren F1.
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