Com foco em tecnologias, Petrobras prevê investir US$ 300 mi para transição energética até 2026

Eficiência energética e operacional são pilares de Petrobrás para diminuir a pegada de carbono.

Por: Redação CIMM      02/06/2022 

O setor de refino será uma alavanca para transição energética da Petrobras até 2026. A estatal pretende reduzir em 30% as emissões de carbono, uma meta focada no tripé gestão ativa de portfólio, eficiência operacional e eficiência energética, informou Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás Natural da empresa durante o congresso Mercado Global de Carbono, realizado entre os dias 18 e 20 de maio no Rio de Janeiro. 

O programa - um plano estratégico para, além de produzir bioenergia, ser referência em eficiência energética - prevê um investimento de US$ 300 milhões. Foram definidos 78 projetos norteadores da transformação, por meio de ações como investimentos em caldeiras com recuperação de gases, novas centrais de energia elétrica, predição de falhas de grandes máquinas e interligação para recuperação de gases, por exemplo.

As tecnologias digitais serão centrais no processo. O uso de automação, robotização e digital twins será ampliado nas refinarias para garantir um monitoramento em tempo real, facilitação na tomada de decisões e redução de falhas - o que deve tornar a operação mais eficiente e ajudar a reduzir em 20% o uso de energia nas refinarias. Dessa forma, será possível descarbonizar a etapa e aumentar a eficiência operacional, expôs Ricardo Mussa, presidente da Raízen.

Elza Kallas, gerente executiva de Refino da Petrobras, destacou que “o programa tem forte viés de eficiência energética". "Além de diminuirmos nosso custo de energia, vamos passar a ter um processo de refino mais sustentável, com maior rentabilidade e menor emissão de gases de efeito estufa para o meio ambiente”.

Com uma verba de US$ 6,1 bilhões, o segmento de refino deverá ser norteado por três premissas principais nos próximos anos. A primeira é avançar na qualidade e eficiência dos produtos; a segunda prevê investimento em interligação entre polos para expansão da capacidade, e, por fim, fomento ao programa RefTOP, que pretende posicionar a Petrobras entre os melhores refinadores do mundo em eficiência e desempenho operacional.

O Congresso Mercado Global de Carbono reuniu Beatriz Milliet, secretária de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Ricardo Mussa, presidente da Raízen, Luís Roberto Pogetti, chairman na Copersucar, e Mario Lindenhayn, presidente executivo da BP Bunge, para discutir as perspectivas para a bioenergia no Brasil. 


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Durante o evento, o diretior de Refino da estatal mostrou resultados que comprovam que ações iniciais nesse sentido já têm apresentado resultados, o que abre um caminho de otimismo para que a meta seja batida até o fim do período estabelecido e que, assim, a Petrobras esteja preparada para uma transição para uma economia de baixo carbono. 

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