Uma pesquisa divulgada pela Dynatrace, especialista em inteligência de software, revela que os profissionais de SREs (Site Reliability Engineer) deverão assumir cada vez mais papéis estratégicos nas operações, à medida que as organizações se veem diante de uma crescente necessidade de garantir que as equipes tenham as respostas e a automação inteligente necessárias para acelerar a transformação digital dos negócios. A ascensão de novas tecnologias usadas em desenvolvimento nativo para a Nuvem, entretanto, criou uma explosão de complexidade que está dificultando esses esforços, segundo o estudo.
“Confiabilidade, experiência e segurança tornaram-se fatores críticos de sucesso em um mundo em que cada segundo de inatividade leva à perda de receita, queda nos preços das ações e danos duradouros à reputação”, diz Bernd Greifeneder, Fundador e Diretor de Tecnologia da Dynatrace. “Isso torna o SRE central para impulsionar uma transformação digital mais rápida. A maioria das empresas, no entanto, permanece relativamente imatura na adoção de práticas de confiabilidade”.
A pesquisa da Dynatrace ouviu mais de 450 engenheiros de confiabilidade do site de todo o mundo e mostrou que a maioria dos entrevistados (88%) dizem que há mais entendimento sobre a importância estratégica de seu papel agora, em comparação com o que havia há três anos. Atualmente, os SREs dedicam a maior parte de seu tempo para reduzir o tempo médio de recuperação de incidentes (67%), criar e manter código de automação em alta performance (60%) e garantir que as vulnerabilidades de segurança sejam detectadas e eliminadas rapidamente (58%).
No entanto, mais de dois terços (68%) dos profissionais entrevistados esperam que seu papel em segurança venha a ser mais central no futuro, conforme as empresas ampliem o uso de bibliotecas de terceiros, como o Log4j, para desenvolvimento de aplicativos nativos da Nuvem.
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De acordo com Greifeneder, o mercado enfrenta um cenário de alta demanda e baixa oferta de profissionais de SRE e os atuantes enfrentam desafios para a realização de suas tarefas centrais devido à imaturidade tecnológica e de sistemas das empresas.
Quase a maioria dos entrevistados (99%) encontram desafios ao definir e criar prazos para avaliar níveis de serviço para aplicações e infraestrutura. Além disso, segundo a pesquisa, os desafios mais comuns desses profissionais incluem: muitas fontes de dados (64%); dificuldade em encontrar as métricas mais relevantes para um serviço (54%); a incapacidade das ferramentas de monitoramento para definir e rastrear facilmente o desempenho do SLO (36%); 68% dos engenheiros entrevistados dizem que equipes isoladas e várias ferramentas dificultam o alinhamento em uma única versão da 'verdade' sobre os níveis de serviço.
“Em um momento em que a demanda supera em muito a oferta de engenheiros qualificados, as organizações devem fazer tudo ao seu alcance para ampliar os esforços dessas equipes. Apesar disso, as etapas manuais e o esforço desnecessário são uma grande distração para os SREs, o que impede o avanço dessas companhias, de maneira geral. Os engenheiros de confiabilidade devem definir um ‘caminho dourado’, um conjunto de etapas que as equipes de desenvolvimento podem seguir para navegar na complexidade da entrega nativa da Nuvem, para superar essas barreiras e liberar totalmente a inovação digital”, diz Greifeneder.
Outras descobertas
O estudo também identificou que 85% das empresas dizem que sua habilidade de escalar práticas de SRE dependerão de capacidades de automação e Inteligência Artificial. Quase três quartos dos entrevistados (71%) das organizações também estão aumentando o uso de automação em todas as partes do ciclo de vida para reduzir os desafios para desenvolvedores e SREs.
De acordo com o levantamento, as companhias estão primariamente utilizando automação em SRE para resolver vulnerabilidades de segurança (61%), falhas de aplicações (57%), aumentar a velocidade de entrega (56%) e prever violações de SLO antes que elas ocorram (55%).
Os SREs dizem que os AIOps permitirão que as equipes automatizem mais processos críticos para garantir que os níveis de serviço sejam atendidos continuamente (64%), além de ajudar a priorizar problemas que tenham o maior impacto na satisfação do usuário (63%) e encontrar vulnerabilidades de segurança para minimizar o tempo de inatividade (62%).
Além disso, até 2025, 85% dos times de engenharia de confiabilidade deverão padronizar a mesma plataforma de observabilidade de Desenvolvimento, Operações e Segurança.
“Os SREs precisam de uma plataforma única e unificada que permita confiabilidade, segurança e automação por padrão”, continua Greifeneder. “Os recursos de observabilidade de autoatendimento e monitoramento como código são fundamentais, permitindo que as equipes de desenvolvimento criem loops de feedback em suas aplicações com apenas alguns cliques. Com isso, os engenheiros de software liderarão a tarefa de ir além da automação básica para a orquestração inteligente da experiência do cliente e dos resultados de negócios”.
O relatório, conduzido por Coleman Parkes, foi baseado na pesquisa global com 450 SREs de grandes organizações com mais de 1.000 funcionários, incluindo 150 nos Estados Unidos, 150 de toda EMEA e 150 na Ásia-Pacífico.
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