A 5G já começa a ser realidade no Brasil. Nesse primeiro momento, as grandes beneficiárias desta tecnologia serão as indústrias. Isso porque o potencial de velocidade é tão alto que os aparelhos de uso individual ainda não estão adaptados para aproveitar os benefícios que a nova geração de rede traz.
Nesse contexto, uma pesquisa do World Economic Forum elencou as três principais contribuições que a 5G pode oferecer as fábricas:
- Permitir inspeções mais rápidas e eficazes por meio da inteligência preditiva;
- Melhorar a segurança do trabalho e do trabalhador;
- Aumentar a eficácia operacional.
Velocidade é o grande diferencial da 5G
A principal característica da 5G, que permite a aplicação prática desses benefícios na indústria, é a velocidade de rede. O primeiro passo, portanto, é as fábricas mudarem suas abordagens de conexão para aproveitarem ao máximo o potencial da tecnologia.
Para gerar a baixa latência, o ideal é que os dados rodem na borda, ou seja, usando edge computing. Isso significa que as informações não terão que “viajar” até um data center para serem processadas, elas podem ser enviadas até um servidor próximo que terá a capacidade de dar a velocidade necessária para as operações fabris.
Na prática, isso significa um chão de fábrica mais conectado. Os sensores, por exemplo, com essa abordagem de rede, “falarão” em tempo real com as máquinas. Isso possibilita um nível mais direto e avançado de automação.
Com os sensores mais ágeis no envio e recebimento de informação, a utilização de gêmeos digitais também é amplificada. Isso porque as máquinas poderão enviar o cenário real do chão de fábrica para o protótipo digital. Assim, ele funcionará com as condições ideais que sua versão física terá que enfrentar, gerando maior precisão possível.
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A precisão, inclusive, é uma das aplicações práticas da 5G nas indústrias. Com dados em tempo real chegando às máquinas e softwares, toda a produção é ajustada à necessidade do momento, diminuindo desperdícios de matérias-primas e gastos desnecessários de recursos (como luz).
Uma antiga promessa da indústria 4.0 também será possível com a 5G: a personalização em massa.
O conceito pode parecer contraditório, afinal como algo produzido em massa pode ser personalizado? A questão é que com a velocidade de transmissão de dados para e entre as máquinas, modelos de peças personalizados podem ser feitos dentro de uma lógica de produção em massa. Isso porque as mudanças na cadeia produtiva necessárias para cada item diferente são feitas em milissegundos, dando escala a produção de itens com pequenas diferenciações entre si.
A segurança de toda essa produção conectada também é garantida pela 5G. A rede usa protocolos mais avançados de criptografia, facilitando o entendimento e segurança de dados transacionados de forma instantânea.
A 5G, portanto, é o que faltava para as indústrias colocarem em ação os planos de automação e adequação ao conceito 4.0.
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