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Especialistas dão dicas para indústrias e profissionais se adequarem a Era 4.0

Profissionais se reuniram em roda de conversa promovida pela Universidade São Judas para debater sobre a Indústria 4.0.

Por: Gabriela Pederneiras/CIMM      18/11/2021 

Lifelong learning, assim como o termo sugere, é um conceito que promove uma “educação continuada” (significado do termo em português) ao longo da carreira - para além das salas de aula da primeira graduação. A educação continuada é a aposta dos profissionais atentos às transformações, que entendem a necessidade constante de atualização do conhecimento do profissional ao longo da carreira, inclusive na indústria.

Em um papo mediado por Luiz César Araújo, coordenador de pós-graduação na Universidade São Judas, de São Paulo, especialistas da indústria esclareceram o conceito de indústria 4.0, mostrando a evolução do setor ao longo do tempo. Essa rápida transformação trouxe à tona as necessidades atuais das indústrias para se adequarem a esse conceito e como os profissionais devem se preparar para este cenário.

A mensagem principal da roda de conversa girou em torno do lifelong learning. Os profissionais defenderam que tanto as indústrias quanto os profissionais que atuam nelas precisam estar em constante evolução de conhecimento para se posicionar de forma estratégica no mercado. Só assim, continuarão competitivos e poderão ajudar a construir o futuro - e fazer parte dele, afinal, a próxima revolução industrial pode acontecer em menos tempo do que a atual. 

A roda de conversa aconteceu em outubro, na Universidade São Judas, com grandes nomes do mercado, como Alexandre Ortunho Serra, gerente na Scania América Latina, Antoninho Valdambrini, diretor na área de construção de protótipos da Volkswagen do Brasil, Francisco Marcondes, professor e mestre em engenharia mecânica, e Adalberto Mohai, professor da área de Gestão e Negócios da Universidade São Judas

A indústria 4.0 depende da conectividade

Alexandre Ortunho começou explicando o que é a indústria 4.0, mas ressaltou que para entender o conceito é preciso conhecer a história do setor. A primeira grande revolução industrial se deu com a adoção das máquinas a vapor nas fábricas, 100 anos depois a eletrificação veio para revolucionar as plantas mais uma vez. Mais 100 anos se passaram e a automação da produção ganhou força e ajudou as indústrias a ingressarem na terceira revolução. Por fim, a indústria 4.0 chegou com os sistemas ciberfísicos.


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De acordo com ele, para que uma fábrica alcance esse patamar é preciso passar por duas fases: a de digitalização - que é anterior à 4.0 - e a de conectividade - que permite a entrada nessa nova Era.

Ortunho define que uma empresa cumpre os requisitos para ser chancelada como 4.0 quando consegue ter sistemas de visualização e monitoramento da produção, transparência para ter acesso a todos os dados da cadeia produtiva, capacidade preditiva de antever o futuro e adaptabilidade, para que as fábricas usem sistemas autônomos para produção. 

O óbvio antes do novo

Para chegar nesse estágio, Marcondes defende que as empresas pensem no óbvio antes do novo. “Para partir do novo tem que estar com o óbvio bem feito”, esclarece o profissional. Portanto, as indústrias, antes de pensar em se adequar ao conceito 4.0, precisam olhar para dentro e entender se o processo produtivo está otimizado e mapeado, se os recursos utilizados estão de acordo com a necessidade, onde estão os gargalos, entre outras coisas.

Ortunho complementa que “não podemos automatizar o desperdício”. Por isso, o primeiro passo para se tornar uma indústria 4.0 é ter claro onde se está, ter os processos mapeados e otimizados e saber onde se quer chegar. Antoninho Valdambrini complementa, afirmando que “para quem tem um objetivo, nada é impossível”. 

Mercado de trabalho com a Indústria 4.0

Para chegar nesse nível de eficiência, é importante que a evolução tecnológica das fábricas venha junto com uma gestão mais ágil. “Como a velocidade de inovação é cada vez maior, se você demora muito para implementar uma inovação, até que a ideia saia do pensamento estratégico e chegue no operacional da fábrica,  ela  já fica ultrapassada. Por isso, é preciso ser rápido, o que muda os métodos de gestão. Você tem que ter maneiras de se comunicar com rapidez e fazer com  que a  nova tecnologia seja absorvida com rapidez para ter a agilidade que o mercado exige”, explica Marcondes. 

Ter esse tipo de percepção e conhecimento é o que garantirá uma vaga nesse mercado em evolução. “A indústria está precisando de pessoas preparadas. Nós nunca podemos parar, porque a próxima disrupção pode vir daqui a cinco anos. Quem parou no caminho, fica no caminho, mas quem está em evolução vai ser procurado”, complementa Valdambrini.

“A revolução 4.0 pode ser resumida como a ‘Era do Conhecimento’, ou seja, quanto mais preparados tivermos, mais valorizados e respeitados nos tornaremos. Emprego vai ter, mas as oportunidades serão cada vez mais exigentes”, finaliza  Mohai.

A conversa na íntegra pode ser conferida abaixo:

 

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