O principal diferencial das empresas alinhadas ao conceito 4.0 é o fato de que o uso da tecnologia de forma estratégica torna os processos mais rápidos e acertados. Na prática, para dar escala a uma indústria, seria preciso uma linha de produção com um número crescente de pessoas fazendo trabalhos manuais. Acontece que, neste caso, a probabilidade de um erro acontecer é maior.
Pessoas fazendo trabalhos repetitivos por horas acabam não percebendo falhas pequenas. É a mesma lógica que faz com que você escreva um texto, o leia cinco vezes e não enxergue um erro de digitação. A repetição leva à falha, por mais que o olhar esteja treinado para procurar erros.
Para minimizar esse problema, tecnologias como a visão computacional podem ser uma alternativa. Máquinas alimentadas por dados com fotos das peças como deveriam ser e de todos seus possíveis defeitos conseguem ter um “olhar” cirúrgico e não fadigado para encontrar erros.
Como funciona a visão computacional?
Essa tecnologia se enquadra no conceito de inteligência artificial. Por meio de um conjunto de regras, as máquinas são treinadas a analisar dados visuais e identificar o que é uma falha e o que está em seu estado perfeito.
Os algoritmos são expostos a um elevado número de fotos e treinados a identificar o que está correto ou não, assim, na prática, o quão melhor for esse “treinamento”, menos erros vão acontecer no processo produtivo.
A inteligência por trás da tecnologia faz com que a máquina consiga “tomar uma decisão”. Assim, se ela estiver interligada com outros sistemas mecânicos, ela pode “ordenar” que determinado produto saia da linha de montagem por conta de erro.
Se conectada com outros sistemas da fábrica, a visão computacional ajuda a rápida identificação de onde está acontecendo o erro dentro do processo produtivo. Assim, de forma ágil este é corrigido, sem impactar em grandes lotes perdidos.
Onde a visão computacional melhora o processo de fabricação?
Qualquer indústria pode se beneficiar da visão computacional, desde a fabricação de biscoitos, até a produção de medicamentos. As câmeras são a ponta desse sistema, que se complementa com o software treinado para um fim específico. Sendo assim, as indústrias podem se beneficiar com outras funções da visão computacional, que não apenas a identificação de falhas.
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Poucas fábricas, por exemplo, executam a gestão de ferramentas da forma correta. Isso porque, uma única pessoa não consegue ter o controle sobre todo o ferramental utilizado e precisa do auxílio de um software e de seus colegas para manter a ordem.
A visão computacional pode, neste caso, ser usada para identificar quais ferramentas não voltaram para o almoxarifado ou ainda, usando tecnologias como rede neural, identificar o rosto das pessoas que retiraram a ferramenta. Dependendo do treinamento, a tecnologia pode ainda identificar as ferramentas desgastadas e solicitar a substituição.
A aplicação da tecnologia, portanto, é ampla e pode ajudar a complementar atividades manuais suscetíveis a erros, minimizando e dando mais escala à fábrica.
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