O futuro da produção deve se caracterizar pela personificação em massa das soluções e por uma colaboração ainda maior dos trabalhadores. Esta foi a conclusão a que chegaram representantes da AVEVA, líder global em engenharia e software industrial, e da Shell Oil Company, que se reuniram para discutir o futuro da produção inteligente na Indústria 5.0.
De acordo com o vice-presidente de Processos & Simulações da AVEVA, Ian Willetts, e o head de Estratégia de Aprendizagem da Shell, Brent Kedzierski, é necessário acelerar o movimento para combinar melhor as tecnologias conectadas da Indústria 4.0 com as práticas e expectativas humanísticas da Indústria 5.0, a fim de oferecer experiências de trabalho ainda mais personalizadas, características de conceitos mais elevados e designs touch.
"Combinar o poder das tecnologias conectadas da Indústria 4.0 ao elemento humano da Indústria 5.0 abrirá o caminho para que a inteligência humana funcione em maior harmonia com os recursos de computação cognitiva", disse Kedzierski.
Enquanto a Indústria 4.0 aborda produção inteligente, Internet das Coisas (IoT), sensores e drones, por exemplo, a Indústria 5.0 se caracteriza pela personalização em massa e pelo design de experiência. Para o head de Estratégia de Aprendizagem da Shell, a Indústria 5.0 será um ponto de virada para a condição humana no trabalho, uma vez que os aspectos relacionados à segurança física e ambiental terão sido dominados, e a indústria poderá endereçar questões ligadas à segurança psicológica. "A Indústria 5.0 oferecerá maior oportunidade, prosperidade e sustentabilidade para nossa força de trabalho", destacou Kedzierski.
A necessidade do momento, concordaram Ian Willetts e Brent Kedzierski, é tornar os ambientes de treinamento e capacitação mais móveis, sob demanda e colaborativos, para proporcionar experiências de trabalho personalizadas. O objetivo é assegurar simuladores de treinamento de operadores (OTS, pela sigla em inglês) no qual os operadores possam vir e construir os seus próprios exercícios de treinamento e compartilhá-los, testá-los e até gamificá-los com seus colegas de forma simplificada.
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Nesse sentido, Willetts lembrou que a AVEVA integrou os OTS a um sistema de gerenciamento de aprendizagem (LMS) para que o conjunto de competências a ser alcançado com o treinamento possa ser gerenciado e rastreado pelo LMS. O vice-presidente de Processos & Simulações da AVEVA acrescentou que a integração do microaprendizado infundido à Inteligência Artificial permite construir sobre o perfil de aprendizagem e identificar os pontos fortes e fracos de um indivíduo.
"Também podemos usar o comportamento do gêmeo digital em cenários de aprendizagem experiencial. O Digital Twin não é apenas uma representação de dados de um ativo. Ele fornece uma visão e conhecimentos que ajudam as empresas a entenderem melhor o comportamento do processo", afirmou Willetts.
"Essa evolução está presente no design dos nossos OTS, bem como na solução premiada de aprendizagem comportamental baseada em Realidade Virtual que a Shell criou com AVEVA para nossa equipe de linha de frente", destacou Kedzierski.
Experiências de trabalho mais personalizadas, explicou o representante da Shell, são necessárias para atender à nova agenda industrial, para atingir os objetivos da empresa e o bem-estar das pessoas. "A indústria 5.0 tratará de conectar a cognição humana, a colaboração e a criatividade à produção inteligente. O progresso será julgado não apenas pela conexão de dados entre a Internet das Coisas, mas como a conectividade aprimora a experiência humana. A era da personalização em massa será sobre como alcançar um impacto em grande escala, mas por meio de um indivíduo de cada vez", completou Kedzierski.
"Trabalhar em projetos com empresas inovadoras como a Shell coloca a AVEVA bem à frente da curva. Nossa missão é ajudar as pessoas por trás de processos industriais complexos, entregando informações e soluções que combinam dados, IA e análises inteligentes para otimizar a eficiência e ajudar a moldar um futuro sustentável", concluiu Willetts.
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