Robôs biônicos e flexíveis
A Fundação Alemã de Pesquisa (DFG) lançou um projeto que objetiva ter, em seis anos, toda uma família de robôs flexíveis e macios, adequados para lidar com tarefas nas quais seus equivalentes rígidos e metálicos não têm se dado bem.
O foco do desenvolvimento está em materiais e sistemas que permitam construir robôs biônicos complexos e adaptáveis, para tarefas de manutenção, movimentação em terrenos irregulares e até colheita de frutas - esse conceito é normalmente chamado de "robótica mole".
"Os sistemas de robôs flexíveis abrirão opções de aplicações completamente novas, que ainda parecem impensáveis para nós hoje," disse o professor Ernst-Friedrich Henke, que está liderando o grupo na Universidade de Tecnologia de Dresden.
A nova geração de robôs deve ser capaz de se adaptar às mudanças nas condições de operação e permitir a colaboração com colegas humanos.
Os robôs biônicos feitos de materiais flexíveis podem, por exemplo, funcionar como robôs de exploração em situações de desastre ou como robôs de manutenção, graças a novas técnicas de locomoção, movimentação e manipulação.
Com sistemas de pinças inteligentes e adaptáveis, eles poderão fazer trabalhos pesados ao lado de trabalhadores humanos, por exemplo, trabalhando como colhedores de produtos agrícolas sensíveis, como frutas e verduras.
Continua depois da publicidade |
A equipe também está de olho em uma variedade de aplicações em tecnologia médica, incluindo peças de próteses inteligentes e bombas de medicamentos flexíveis.
Robôs para o mercado
Para conseguir viabilizar a robótica mole, os pesquisadores estão trabalhando com sistemas eletrônicos flexíveis feitos dos chamados elastômeros dielétricos multifuncionais, geralmente conhecidos como "músculos artificiais".
Todos os componentes dos robôs consistirão exclusivamente em polímeros e carbono eletricamente condutor. A equipe também pretende seguir a biomimética, inspirando-se na natureza para construir robôs biônicos, com o objetivo de aumentar a aceitação dos robôs na vida cotidiana.
Todo o trabalho está sendo feito com foco na comercialização de cada projeto. Para isso, duas empresas emergentes, uma alemã e outra da Nova Zelândia (Universidade de Auckland), estão participando da equipe, ajudando a direcionar os esforços para equipamentos passíveis de serem colocados rapidamente no mercado.
Gostou? Então compartilhe: