O metaverso foi uma das grandes promessas de tecnologias que iriam mudar o futuro em 2021. As maiores empresas da área anunciaram investimentos altos na pesquisa e desenvolvimento dele. O Facebook, inclusive, mudou seu nome para Meta, afim de solidificar a aposta nesta inovação.
Mas, depois de muita especulação, pouca coisa mudou na prática - pelo menos para os consumidores e usuários comuns da internet. Há quem diga que o Metaverso foi o grande fracasso da década. Os movimentos das gigantes de tecnologia ajudaram a derrubar ainda mais a expectativa sobre a tecnologia. Microsoft, Google e o próprio Meta anunciaram programas de demissão em massa nesse meio tempo, parte deles nas divisões de desenvolvimento deste tipo de inovação.
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Mas se para os grandes holofotes o metaverso não vingou - cedendo lugar para novas promessas tecnológicas, como a Inteligência Artificial Generativa -, dentro de alguns setores, as pesquisas e aplicações continuam a todo vapor.
Uma pesquisa da PwC corrobora com essa linha. Ela estima que as diferentes formas de usar o metaverso vão gerar uma receita anual de US$ 800 bilhões até 2030. Na conversão atual, isso representaria cerca de R$ 4 trilhões.
Metaverso na indústria
A indústria é um dos setores que continua investido - e tendo resultados - no metaverso. Um relatório produzido pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), mostrou que 92% dos executivos de indústrias de transformação nos Estados Unidos estão investindo em pesquisas para implementar o metaverso nas suas empresas.
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A principal forma de uso é como digital twins quando, dentro do metaverso, são criados modelos virtuais para simular situações reais. A Amazon, por exemplo, está desenvolvendo a Nvidia Omniverse, solução pensada para melhorar o formato dos armazéns e ambientes de trabalho. Já a Mercedes está usando o metaverso para projetar suas plantas de montagem industrial.
De acordo com o relatório, os principais setores que estão à frente do desenvolvimento da tecnologia são os automotivos, de software, defesa, aeroespacial e energia. Eles estudam a aplicação do metaverso em todo o ciclo industrial, da pré à pós-produção.
Os principais usos vão ao encontro do que a Amazon e Mercedes desenvolvem: simulações de processos, gerenciamento de instalações e projetos de produtos ou serviços.
Se para muitos o metaverso não passou de uma promessa, para a indústria ele ainda representa o futuro e pode trazer muitas melhorias e otimizações para dentro das fábricas.
Confira também o novo episódio do Podcast Boteco 4.0:
#19 - Metaverso Industrial: Mito ou realidade? As lições de um projeto-piloto de cervejaria artesanal
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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