A tecnologia de gêmeos digitais foi elencada pela consultoria referência em tecnologia Gartner como uma das dez principais tendências tecnológicas para o mundo corporativo em 2019. De acordo com a consultoria, a ferramenta possibilitará que em menos de cinco anos, milhões de objetos e processos sejam simulados otimizando custos, rotinas e tempo de produção.
Isso porque por meio do gêmeo digital é possível digitalizar toda a estrutura de processamento de uma fábrica — desde a idealização de um novo produto, até a logística. Com ajuda dos softwares alimentados por dados, os gestores conseguem fazer simulações quanto a aperfeiçoamento de processos, protótipos, aumento de produção, distribuição logística, entre outros, sem para isso efetivamente ter que efetuar as mudanças, economizando assim tempo e dinheiro.
“Isso é uma vantagem para a indústria porque fazer um ajuste quando o projeto ainda está na prancheta custa de 100 a 1.000 vezes menos do que um ajuste real, ou seja, quando as mudanças já foram feitas e estão causando problemas”, afirma em entrevista para a Exame o gerente executivo de inovação e tecnologia do Senai, Marcelo Prim.
Quanto mais dados a empresa tiver sobre seus processos, mais eficiente será o uso do gêmeo digital, dessa forma é possível fazer projeções muito próximas das reais, diminuído o tempo de estudo da quantidade mínima de matéria-prima necessária para fazer um produto, por exemplo, de anos para algumas horas.
Com o software e as informações adequadas, todos os processos fabris podem se beneficiar da tecnologia. Uma empresa alemã de distribuição de água, por exemplo, fez o gêmeo digital da sua linha produtiva e conseguiu, com o mapeamento, otimizar a operação a ponto de reduzir em 15% os custos totais com energia para o bombeamento de água.
Além da versatilidade, economia de tempo e de recursos, o gêmeo digital ainda ajuda as indústrias a:
A tecnologia, portanto, acompanha a evolução da fábrica e a impulsiona ao passo que a simulação se aproxima dos processos reais.
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