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Metaverso fracassou? Para a indústria, não

Por mais que os investimentos de gigantes da tecnologia tenham caído, a tendência segue forte nas fábricas

Por: Gabriela Pedernerias      Exclusiva 17/10/2024

O metaverso foi uma das grandes promessas de tecnologias que iriam mudar o futuro em 2021. As maiores empresas da área anunciaram investimentos altos na pesquisa e desenvolvimento dele. O Facebook, inclusive, mudou seu nome para Meta, afim de solidificar a aposta nesta inovação. 

Mas, depois de muita especulação, pouca coisa mudou na prática - pelo menos para os consumidores e usuários comuns da internet. Há quem diga que o Metaverso foi o grande fracasso da década. Os movimentos das gigantes de tecnologia ajudaram a derrubar ainda mais a expectativa sobre a tecnologia. Microsoft, Google e o próprio Meta anunciaram programas de demissão em massa nesse meio tempo, parte deles nas divisões de desenvolvimento deste tipo de inovação. 

Assista: Metaverso Industrial: Mito ou realidade? As lições de um projeto-piloto de cervejaria artesanal

Mas se para os grandes holofotes o metaverso não vingou - cedendo lugar para novas promessas tecnológicas, como a Inteligência Artificial Generativa -, dentro de alguns setores, as pesquisas e aplicações continuam a todo vapor. 

Uma pesquisa da PwC corrobora com essa linha. Ela estima que as diferentes formas de usar o metaverso vão gerar uma receita anual de US$ 800 bilhões até 2030. Na conversão atual, isso representaria cerca de R$ 4 trilhões

Metaverso na indústria

A indústria é um dos setores que continua investido - e tendo resultados - no metaverso. Um relatório produzido pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), mostrou que 92% dos executivos de indústrias de transformação nos Estados Unidos estão investindo em pesquisas para implementar o metaverso nas suas empresas. 


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A principal forma de uso é como digital twins quando, dentro do metaverso, são criados modelos virtuais para simular situações reais. A Amazon, por exemplo, está desenvolvendo a Nvidia Omniverse, solução pensada para melhorar o formato dos armazéns e ambientes de trabalho. Já a Mercedes está usando o metaverso para projetar suas plantas de montagem industrial. 

De acordo com o relatório, os principais setores que estão à frente do desenvolvimento da tecnologia são os automotivos, de software, defesa, aeroespacial e energia. Eles estudam a aplicação do metaverso em todo o ciclo industrial, da pré à pós-produção. 

Os principais usos vão ao encontro do que a Amazon e Mercedes desenvolvem: simulações de processos, gerenciamento de instalações e projetos de produtos ou serviços. 

Se para muitos o metaverso não passou de uma promessa, para a indústria ele ainda representa o futuro e pode trazer muitas melhorias e otimizações para dentro das fábricas.

 

Confira também o novo episódio do Podcast Boteco 4.0:
#19 - Metaverso Industrial: Mito ou realidade? As lições de um projeto-piloto de cervejaria artesanal

 

*Imagem de capa: Depositphotos.com

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Gabriela Pedernerias

Redatora Especial CIMM & Indústria 4.0