Construir uma cultura de segurança cibernética sempre foi um elemento importante para evitar a violação dos dados nas organizações. A ascensão da demanda por flexibilidade nos modelos de trabalho, seguido pelo crescimento do local de trabalho híbrido, mudou fundamentalmente o cenário de ameaças e deu ainda mais peso às boas práticas de cibersegurança. O novo cenário, porém, tem feito com que as políticas de proteção do passado tivessem que ser reavaliadas. E é neste contexto que saber como ajudar e orientar os colaboradores a manterem suas informações mais seguras em todos os lugares e momentos se tornou um ponto essencial também para o sucesso e sustentação dos negócios.
Cibersegurança é estratégia
Ver a cibersegurança como um elemento estratégico, certamente, não é uma condição nova para a maioria dos conselhos. Segundo pesquisas do Gartner, por exemplo, quase 90% das principais organizações globais já consideram a segurança da informação como um tema latente de seus planos. O que está em questão, porém, é outra coisa: como essa prioridade desce e se dissemina dentro das equipes?
Essa pergunta é essencial para alavancar, de fato, uma cultura orientada à proteção dos dados. E a resposta a esse dilema inclui dois vértices igualmente importantes: fornecer estrutura e orientação para as pessoas e, paralelamente, criar políticas com regras, configurações e ferramenta factíveis e integradas à realidade dos profissionais.
Essas ações precisam caminhar passo a passo, indo dos boards até os colaboradores recém-contratados. Não por acaso, o Gartner prevê que, até 2024, 60% dos líderes de segurança precisarão estabelecer parcerias com os principais executivos voltados para o mercado em vendas, finanças e marketing - contra menos de 20% atualmente. Ou seja, o caminho é fazer com que o conhecimento sobre a segurança da informação seja reverberado ao mesmo tempo em que as iniciativas de proteção também evoluam como elementos das tarefas diárias das pessoas.
Cultura de segurança digital nas empresas
Em outras palavras, o futuro bem-sucedido de uma política de segurança digital precisa fazer com que as pessoas conheçam seus papeis e responsabilidades diante do desafio da cibersegurança, mas também exigirá que as soluções adotadas sejam capazes de provocar o menor atrito ou impacto possível à rotina dos times. É preciso proteger e ser fácil de se implementar, usar e propagar.
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A implementação das melhores práticas precisa, de antemão, contar com a disseminação de uma cultura de segurança cibernética capaz de promover a colaboração e o trabalho em equipe, com todos trabalhando em conjunto para proteger a organização - e, em última análise, o próprio bem-estar, privacidade e segurança de cada profissional envolvido.
Um treinamento eficaz sobre cibersegurança deve ser interativo e envolvente, com exemplos práticos nos quais os colaboradores possam criar paralelos com seus dias no trabalho. É importante também estabelecer políticas e procedimentos claros e garantir que os colaboradores saibam como reportar possíveis ameaças ou violações de segurança.
Também é vital oferecer soluções que tornem o trabalho das pessoas mais fácil. Os líderes de cibersegurança – ou de qualquer eixo do negócio – devem sempre se atentar à infraestrutura básica, incluindo redes privadas, firewalls, antivírus etc. para mitigar, ao máximo, qualquer ameaça. É fundamental que os colaboradores tenham esse respaldo e vejam os esforços da companhia, com times dedicados à manutenção e transformação da tecnologia, para se engajarem nesse propósito em comum.
Por isso, é também importante que as pessoas tenham a oportunidade de participar de atividades práticas e discutir os tópicos dos treinamentos com outros colaboradores e instrutores. Como resultado, essa mobilização ajuda a aumentar a compreensão dos conceitos, retenção do conhecimento e na própria aplicação das boas práticas da cibersegurança e ajuda a motivar as equipes a se envolver e estabelecer as boas práticas aprendidas nas ações do dia a dia do trabalho.
A segurança cibernética é uma responsabilidade de todos, e não apenas da equipe de TI. Ao implementar uma cultura de segurança cibernética forte e fazer com que todos participem, a empresa pode se proteger contra ameaças cibernéticas e garantir a segurança de seus dados e sistemas.
Temos de levar a cultura da cibersegurança para o dia a dia das organizações, times e profissionais – independentemente de onde elas estejam. Impulsionar a Segurança da Informação é uma luta constante, longe de um projeto com começo, meio e fim. Ter estrutura adequada, serviços sempre atualizados, suporte profissional e agilidade para fornecer respostas faz toda a diferença para atrair a atenção e o compromisso daqueles que movimentam o principal ativo das empresas, hoje, que é a Informação.
O sucesso será daqueles que tirarem essas propostas do papel, colocando a segurança digital não como um elemento à parte, mas fundamentalmente como a chave de seus planos para o futuro.
*Imagem de capa: Depositphotos
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