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Jornada da hiperautomação: desafios e processos com a transformação digital

Por: Narzio Rodrigues      14/04/2022

A utilização de softwares de automação, a partir da combinação de automação robótica de processos (RPA – de Robotic Process Automation, em inglês), Machine Learning, Inteligência Artificial (IA) e assistentes virtuais, ainda não é realidade na rotina de pequenos negócios. Apesar disso, de acordo com a Pesquisa de Automação ABB Robotics 2021, 60% dessas pequenas empresas querem começar a usar processos de automação em até 10 anos e entre as médias, o investimento em tecnologia já faz parte da realidade de 71%.

Com a Indústria 4.0, essa automação nos processos dentro das empresas está em alta e só vai avançar ainda mais. Segundo o Gartner, referência em pesquisa e aconselhamento de inovação para empresas, em seu reporte sobre tendências tecnológicas para 2022, o mundo já está superando o conceito de automação e já investindo em hiperautomação, o que significa um crescimento acelerado do uso de tecnologias que beneficiem os processos em todas as áreas dentro das empresas.

O uso dessa tecnologia se dá principalmente pela necessidade da hiperautomação possuir recursos para colocar em prática tarefas mais complexas em um tempo muito menor, de forma ágil e automática. Isso considerando que os robôs são programados para trabalhar todos os dias e sem pausa, o que gera o aumento de produtividade. A alta tendência é refletida nas projeções também divulgadas pelo Gartner, que analisam que os investimentos em hiperautomação atingirão 600 bilhões de dólares até 2024.

Para enfim chegar nesse nível de automação, a empresa irá precisar usar de várias ferramentas, incluindo softwares analíticos super avançados de descoberta, monitoramento e automação. Ou seja, precisa-se pensar que a hiperautomação trará mudanças, com avanços, inovações e melhorias, mas também de percepção na estrutura e mentalidade da empresa.


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O primeiro passo dessa jornada de transformação dos processos na empresa começa na estruturação e organização, desde dados comerciais até de operação, passando por vários outros necessários para empresa. Importante ressaltar que a automação de um processo de negócios, necessita-se de entender a função e etapas para ser efetivo, senão será apenas um gasto e não investimento, já que a hiperautomação visa contribuir para que os colaboradores não continuem executando tarefas repetitivas e de baixo valor, além de claro reduzir custos operacionais gerais e aumentar a eficiência de todo processo.

Um case da Certsys, onde inicia-se a automação em uma área específica mas impacta na produtividade da empresa como um todo, foi junto a Marfrig, líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo. Com robôs implementados agilizou os seus pedidos de vendas, após automatizar os fluxos de trabalho. O processo começa com a robótica de digitar o pedido em um tempo médio de 3 a 4 minutos, recebendo uma base de 50 solicitações por dia, vindas do Brasil todo. Antes da implementação, o colaborador recebia o pedido e escrevia manualmente, o que levava em média, 10 a 15 minutos.

Nesse caso, a eficiência foi medida pelo ganho de horas produtivas dos colaboradores e da empresa. Em nove meses após a implementação, somente a área de Planejamento e Controle de Produção (PCP) ganhou mais de 1.400 horas que foram realocadas em atividades mais estratégicas. Isso significa que automatizando um processo, que parecia pequeno, implicou em mais horas disponíveis para outras áreas dentro da empresa.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Narzio Rodrigues

Head de Hyperautomation na Certsys, companhia de TI especializada em transformação digital e inovação.