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Indústria 4.0 exige evolução dos profissionais

Novas habilidades serão exigidas pela transformação digital, conheça quais são elas.

Por: Gabriela Pederneira      Exclusiva 03/03/2022

A indústria 4.0 muda os paradigmas dentro das fábricas. Além do maior uso de tecnologias que permitem a potencialização da precisão, otimização dos custos e maior produtividade, o conceito traz consigo uma necessidade de mudança dos profissionais que trabalham nesta área.

Como as mudanças são muitas, abre-se um espaço grande para novas profissões ou adequação de funções. De acordo com uma pesquisa realizada no Senai em 2019, cerca de 10 milhões de trabalhadores precisarão de qualificação, até 2023, para as atividades industriais centradas na tecnologia.

Felipe Araújo Kluska, professor da FAE Business School, caracterizou, para o G1, o profissional 4.0 como aquele que  sabe transformar dados em informações relevantes para a indústria.

 “A forma como os profissionais e as empresas 4.0 lidam com dados hoje, olhando para eles, fazendo predições e análises estatísticas permite, muitas vezes, prever movimentos futuros do segmento em que atuam, mas para isso é necessário desenvolver habilidades específicas que vão além do domínio da tecnologia. De modo geral, o profissional da indústria 4.0 não precisa, necessariamente, ser especialista em tecnologias específicas, mas precisa compreender o organismo gerencial dos processos em que atua, as tecnologias instaladas e disponíveis, usando as tecnologias 4.0 a seu favor e das melhorias de produção”, completa o professor ao portal. 

Mudanças nas profissões por conta da indústria 4.0

O estudo “Profissões Emergentes na Era Digital: Oportunidades e desafios na qualificação profissional para uma recuperação verde”, realizado pela cooperação Alemã para o desenvolvimento Sustentável em parceria com outras instituições, traz um mapeamento das principais profissões emergentes no setor de Transformação e Serviços Produtivos. São elas:

  • Expert em digitalização industrial;
  • Operador digital;
  • Programador de unidades eletrônicas;
  • Técnico em informática veicular;
  • Gestor de trends innovation;
  • Profissional de planejamento logístico;
  • Gestor de economia circular;
  • Profissional de manufatura aditiva;
  • Técnico em eletromecânica;
  • Condutores de processos robotizados;
  • Engenheiro de exoesqueletos de propulsão;
  • Profissionais de eletromobilidade;
  • Mecânico especialista e telemetria;
  • Especialista em serviços.

Mas essas profissões novas não resultam, necessariamente, em uma substituição dos postos de trabalho que existem nas fábricas hoje, e sim em uma evolução deles. O estudo traz uma perspectiva de como os profissionais atuais podem se adequar ao novo contexto. 


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Operadores, por exemplo, serão menos necessários, mas podem ser reposicionados para atividades de instalação e manutenção de equipamentos, tornando- se operadores digitais. Nos níveis mais elevados também haverá mudanças: supervisores e coordenadores terão que ter uma visão de dados apurada, lidando melhor com ferramentas de análises. Os líderes e diretores das fábricas precisarão tomar decisões sobre modelos de transformação digital, otimizando os investimentos. 

A indústria 4.0 portanto, não vem para tomar empregos, mas sim para transformá-los. Sendo assim, os profissionais precisam se capacitar o quanto antes para continuarem competitivos no mercado.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Gabriela Pederneira

Jornalista e Redatora para os portais CIMM e Ind. 4.0.