Em uma economia global volátil, as cadeias de suprimentos estão cada vez mais vulneráveis e com altas taxas de interrupção nos processos. Se antes da pandemia, 40% dos pedidos sofriam alguma interrupção, a partir de 2020 esse número saltou para 60%, mostrando que existe uma necessidade urgente de desenvolver recursos específicos para tentar mitigar os efeitos de constantes interrupções na cadeia de fornecimento.
A principal estratégia adotada pela maioria das indústrias, principalmente do Brasil, cujos processos ainda são predominantemente manuais, é focar apenas na última milha do processo logístico, ou seja, quando os produtos são entregues ao cliente.
Apesar de ser óbvio que este é um lugar importante para aplicar melhorias, não se pode esquecer de olhar mais para dentro de casa, ou seja, como implementar melhores práticas e investir nas tecnologias realmente necessárias ainda na primeira milha, que começa na abertura de requisições de compra.
Na estratégia de negócios, uma cadeia de suprimentos eficiente ajuda a reduzir custos e melhorar a experiência do cliente, oferecendo uma vantagem competitiva real frente aos concorrentes. Uma pesquisa da consultoria PwC Global apontou que as empresas que já investiram na digitalização de suas cadeias de suprimentos relataram uma redução de 6,8% nos custos e um aumento de 7,7% na receita.
Assim, os investimentos na automatização e integração de processos, viabilizados pela Indústria 4.0, modernizaram os serviços e iniciaram uma revolução industrial no setor de logística. Desde a escolha do fornecedor até o rastreamento das entregas, as novas tecnologias permitem entregar mais resiliência e flexibilidade às operações, aliadas a uma maior transparência em toda a cadeia de valor, com melhor visibilidade desde a origem do produto até a entrega ao cliente final.
Ao mesmo tempo em que a pressão pela redução de custos é alta, o desafio não é apenas conseguir comprar mais barato, mas sim diminuir desperdícios, aumentar a vida útil dos equipamentos e, principalmente, mitigar as interrupções evitáveis, que são aquelas ocasionadas por paradas que poderiam ser mais bem programadas.
Impulsionando a eficiência
Chegamos então à pergunta que vale um milhão de dólares: como impulsionar a eficiência da cadeia de suprimentos? Com dados e inteligência. Inovadoras ferramentas digitais permitem identificar e mitigar riscos, desde que as informações não estejam armazenadas em silos, quando apenas um usuário ou grupo tem acesso a um enorme volume de dados gerados por todos os processos. Uma transformação ponta a ponta exige uma mudança de mentalidade, integrando dados e entregando mais agilidade para a tomada de decisões.
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Por isso, a importância de contar com uma plataforma única de gestão, que permita o compartilhamento de informações com segurança, a partir de políticas robustas de acesso. Além disso, o monitoramento deve ser constante, permitindo identificar rapidamente alguma falha ou, preferencialmente, uma possibilidade de falha, baseada em ações proativas.
Investir na digitalização e construir relacionamentos colaborativos com os parceiros em toda a cadeia de suprimentos, sejam os relacionados à insumos ou à tecnologia, é a melhor forma de enfrentar os desafios. Uma sólida rede de relacionamentos ao longo da cadeia, de ponta a ponta, coloca todos os envolvidos na mesma página.
E essa é a hora de impulsionar a eficiência e garantir mais vantagem competitiva a partir de soluções integradas, que não apenas automatize processos, mas construa uma nova cultura de agilidade, resiliência, redução de desperdícios e maior valor agregado na cadeia de fornecimento.
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