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Investimentos e recursos do governo para Indústria 4.0

Saiba quais fundos estão à disposição do empresariado para serem usados a fim de transformar o cenário fabril do país

Por: Gabriela Pederneiras      08/07/2019

Apesar do conceito de Indústria 4.0 não ser exatamente novo ele ainda é pouco discutido em algumas instâncias essenciais para o seu desenvolvimento. Como é o caso dos debates e ações realizadas pelo governo em pró da transformação industrial.

Existem programas, como o Indústria 4.0 do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, que se dedicam ao assunto, mas é recente o olhar das entidades públicas para o desenvolvimento tecnológico necessário do campo industrial brasileiro.

Ano passado, o governo decidiu incentivar a Indústria 4.0 no país com a liberação de  R$ 8,6 bilhões para o financiamento das empresas e com a isenção da alíquota para importação de robôs.

O investimento vem dos dois principais canais governamentais para o aporte na indústria: o BNDES liberou 5 bilhões em crédito  e a Finep R$ 2, 5 bilhões. O restante da linha de crédito anunciada ficou a cargo do Banco da Amazônia.

Cenário da indústria 4.0 no Brasil

A decisão de uma linha de crédito  voltada para este tema veio após a percepção da importância do desenvolvimento de uma indústria mais tecnológica e inteligente. Cerca de menos de 5% das fábricas brasileiras podem ser consideradas alinhadas ao conceito 4.0. A intenção do governo de então, era aumentar este número para pelo menos 15% em oito anos. 

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima que a Indústria 4.0 pode  gerar uma redução de custos industriais de, no mínimo, R$ 73 bilhões, com maior eficiência, redução do consumo de energia e do custo de manutenção. 

Linhas de crédito

O Banco Nacional para o Desenvolvimento, BNDES,  tem linhas especiais para o investimento na indústria que, de acordo com eles, “buscam ampliar a capacidade produtiva; oferecer mercadorias de qualidade a preços competitivos; aumentar as exportações; melhorar a eficiência energética; e elevar a capacidade de inovação, fator essencial para enfrentar a concorrência em um mercado globalizado”.

O financiamento é centrado na implantação, ampliação e modernização das fábricas, por meio do investimento para equipamentos e despesas com equipe;  importação de máquinas e equipamentos novos sem semelhante nacional; e capital de giro.


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Já a Financiadora de Inovação e Pesquisa, FINEP, mantém o programa Inovacred 4.0, que oferece financiamento para o desenvolvimento e implementação de “Planos Empresariais Estratégicos de Digitalização que abarquem a utilização, em linhas de produção, de serviços de implantação de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0.”

Podem participar do programa empresas que  fazem adaptação, customização e desenvolvimento de softwares; que são voltadas para a automação de processos de produção; que pensam na gestão da atividade industrial; que querem fazer a  implementação de equipamentos como robôs, integrando processos.

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O programa Indústria 4.0 do Ministério da Indústria, Comércio e Serviço, também oferece incentivos para que as fábricas se adequem a este conceito. Por meio de iniciativas que vão desde um programa para educar o mercado sobre o assunto, até o investimento em startups que desenvolvam serviços e produtos para Indústria 4.0, a intenção é estimular o conhecimento e desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil. 

 
*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Gabriela Pederneiras

Jornalista | Assessora de imprensa | Redatora