Logomarca Indústria 4.0

Revolução 4.0: o que esperar para os próximos anos?

O futuro tecnológico imaginado por tantos diretores de cinema finalmente chegou.

Por: ABII-Associação Brasileira de Internet Industrial      24/03/2019

O futuro tecnológico imaginado por tantos diretores de cinema finalmente chegou. Mas em vez de carros voadores, robôs ultrarrealistas e guerras interplanetárias, a realidade é mostrada através de robôs e trabalhadores vivendo em sincronia.

Mas como ficarão nossos empregos, já que robôs trabalham 24 horas seguidas sem exigir férias nem descanso?

Calma! Neste post analisaremos o futuro da indústria e dos empregos nos próximos anos.

 

Tendências nas indústrias com a Revolução 4.0

É nítido que os mercados de trabalho globais estão passando por grandes transformações. Cada vez mais vemos uma diminuição do trabalho realizado por seres humanos e um aumento das atividades realizadas por máquinas e algoritmos.

Uma pesquisa feita pelo Fórum Econômico Mundial listou que as indústrias de consumo e as indústrias automotiva, aeroespacial e de transporte juntas criarão cerca de 6,5 milhões novos empregos. Enquanto todas as indústrias juntas criarão 15,1 milhões.

Todos estes dados nos mostram, principalmente, tendências de modernização e empregos em grandes empregadores multinacionais. Porém as pequenas e médias empresas, ou outros setores como saúde, cuidado e educação também prometem novas oportunidades de criação de empregos.

Estas mesmas indústrias investirão principalmente em novas tecnologias como Big Data, internet móvel, inteligência artificial e tecnologia em nuvem.


Continua depois da publicidade


Além disso, uma nova forma de trabalho tem se tornado comum, o trabalho autônomo. A busca por serviços temporários, chamados ‘jobs’, tem ganho relevância. São empregos em que o profissional escolhe que trabalho fará, para qual empresa, em que tempo e qual valor será cobrado, sem ter dedicação integral.

Mas o que os grandes empregadores esperam encontrar em seus colaboradores para que todo esse crescimento seja possível?  

 

Habilidades em alta para o novo mercado de trabalho

A Revolução Industrial 4.0 só está começando e as indústrias mais preocupadas em investir em IIoT e alta tecnologia estão iniciando seus projetos agora. Ou seja, o futuro é uma incógnita, todos os dados são projeções para que a população possa ir se preparando.  

O próprio Fórum Econômico Mundial diz que quase dois terços das crianças que ingressam no ensino primário irão trabalhar em funções que ainda não existem.

Como vimos que as tendências giram em torno de internet móvel, IIoT, robótica entre outros, os novos empregados deverão ser estratégicos e aptos para mapear e incentivar a redistribuição da força de trabalho.

Inúmeros trabalhadores estarão alocados em suas próprias residências, e mesmo assim, em contato com gente de todo o mundo. Por conta disso, fluência multicultural e interdisciplinar será necessária para saber lidar com todo tipo de questões.

Motivação, empatia, autocontrole, autoconsciência e aptidão social são habilidades que nenhum robô terá, ou seja, essenciais para o mundo altamente digital.

Como tudo é novo, os empregados terão que ser criativos, resilientes e capazes de trabalhar em equipe, pois o novo mundo do trabalho será mais colaborativo e flexível.

Mas como esperar empregados com este nível de habilidade se toda riqueza do mundo fica nas mãos de 1% da população? O mercado de trabalho futuro precisará investir fortemente em educação, para que a desigualdade social diminua e seja possível preparar desde já uma sociedade capaz de acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos.

 

Novos empregos no novo mercado de trabalho

Para suprir as altas demandas de automatização e tecnologia esperadas com a Revolução 4.0, algumas novas funções e formas de trabalho são esperadas.

Quanto ao uso da tecnologia, as seguintes funções serão necessárias:

  • Analistas de Dados e Cientistas
  • Desenvolvedores de Software e Aplicativos
  • Especialistas em Comércio Eletrônico

Além das tecnologias habituais, também teremos funções que englobem as tecnologias emergentes, como:

  • Especialista em Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina
  • Especialista em Big Data
  • Especialistas em Automação de Processos
  • Analistas de Segurança da Informação
  • Designers de interação de máquinas

Quanto às habilidades humanas, teremos:

  • Atendimento ao Cliente
  • Profissionais de Vendas e Marketing
  • Treinamento e Desenvolvimento
  • Especialistas em Desenvolvimento Organizacional
  • Gerentes de Inovação, entre outros.

Nos próximos cinco anos alguns empregos se tornarão obsoletos, principalmente os rotineiros e de médio-desempenho, como balconistas, auditores e caixas bancários, entre outros.

Se as principais potências econômicas não investirem também em educação e desenvolvimento da população de baixa renda, uma elite estará com um futuro garantido, agravando ainda mais a desigualdade social.

Vamos aguardar o desenrolar dos próximos anos, com a esperança de que nossos líderes lidem com a questão social tão bem quanto lidam com a questão da tecnologia, para que não tenhamos que conviver com celulares subcutâneos ao mesmo tempo em que pessoas passam fome.

Para se manter por dentro do mundo da alta tecnologia e conhecer mais sobre assuntos relacionados à modernização das indústrias, continue lendo nosso blog.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

Gostou? Então compartilhe:

ABII-Associação Brasileira de Internet Industrial

ABII-Associação Brasileira de Internet Industrial

A ABII – Associação Brasileira de Internet Industrial, fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da internet industrial das coisas e da indústria 4.0 (IIoT & I4.0) no Brasil. Coordena um ecossistema com provedores, usuários e especialistas em tecnologia e instituições de ensino. Num ambiente colaborativo reúne empresas protagonistas do mercado e é referência no movimento de transformação digital. Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a geração de conhecimento e o intercâmbio tecnológico e de negócios.