Em sua edição de aniversário de 13/09/17, a revista EXAME traz uma reportagem intitulada “A disrupção está mudando o mundo como o conhecemos”.
Traz uma entrevista com Jeffrey Immelt, presidente do Conselho de Administração da General Electric, onde ele conta como a GE passou a investir numa mudança radical tanto na estrutura quanto em sua estratégia.Fala da meta de deixar de ser uma empresa que só produz equipamentos industriais e se tornar capaz de fornecer dados aos clientes por meio de sensores conectados às suas máquinas. Até 2020, as receitas vindas dos negócios digitais da GE deverão triplicar, à medida que mais equipamentos forem conectados à internet.
Identificar movimentos de vanguarda
Conceitos como da indústria 4.0 ou a era da sua digitalização, o uso de sensores para monitorar quase tudo, fazer logística por drones, a entrega de conteúdo digital onde o cardápio é escolhido pelo consumidor, o emprego de energia 100% renovável, veículos autônomos, blockchain, big data e data analytics, inteligência artificial, robôs executando novas tarefas, etc. Esse é o cenário de muitas mudanças, profundas e, em muitos casos disruptivas, que a humanidade está enfrentando e que não deixarão a indústria incólume.
O movimento de mudança é acelerado e abre espaço para a simplificação, visando o aumento da produtividade e, traz maior tolerância à experimentação ao estilo de empresas startups.
As tecnologias para as mudanças estão mais acessíveis e com custos mais baixos. Basta olhar para alguns dos polos de tecnologia do país e observar a própria capacidade nacional em produzir novas soluções para problemáticas existentes, aliás, com muita criatividade.
IIOT – Internet Industrial das Coisas
Industrial Internet of Things (IIoT) é parte do conceito amplo da Internet da Coisas (IoT). A IoT é a rede de computadores inteligentes, dispositivos e objetos físicos que coletam, armazenam e compartilham grandes volumes de dados. Servidores virtuais em nuvem são usados para armazenar esses dados, combiná-los com outros, que então são trabalhados e compartilhados em formatos úteis com os usuários. A IoT vai aumentar a automação em vários setores da vida diária, incluindo as indústrias. A aplicação da IoT à manufatura é chamada IIoT.
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A adoção da IIoT está em rápido crescimento. As indústrias que a adotaram têm experimentado melhorias significativas em segurança, eficiência e rentabilidade, e essa tendência continuará com a adoção, em maior escala, das tecnologias da IIoT.
Inovação como geradora de produtividade
A indústria 4.0, também conhecida como Quarta Revolução Industrial, se utiliza dos conceitos inovadores da internet das coisas (IoT), da computação em nuvem, de dados coletados por dispositivos como sensores, para fazer de forma mais eficiente o que tem que ser feito.
Não é diferente para a manutenção industrial baseada na confiabilidade. As mesmas tecnologias da indústria 4.0 são aplicáveis à manutenção preditiva. Permitem que uma parte do trabalho – a coleta de dados – seja feita de forma automatizada e contínua. Melhorando a segurança e reduzindo a exposição a riscos de colaboradores encarregados das inspeções e das coletas de informações. Feita por sensores autônomos, com comunicação por bluetooth ou RFID e com mínima interferência humana, a coleta de dados relativos à situação do maquinário monitorado, ganha velocidade, acuracidade e frequência de registro com a combinação de soluções de hardware e software acessado pela internet.
Fazer mais com menos no chão de fábrica
O uso de sensores que monitoram a condição do maquinário, requer análise criteriosa do que especificamente deve e o porquê de ser monitorado. Não será a utilização de um número exagerado de sensores em pontos do maquinário que resolverá o questão. Serão boas ponderações para a escolha do ativo a ser monitorado:
- Identificar o maquinário e seus pontos que deverão se beneficiar do monitoramento contínuo, seguindo critérios de criticidade, custo e complexidade de manutenção daquele ativo;
- Definir parâmetros e seus dados limítrofes para que os dados coletados facilmente identifiquem onde e quando um problema potencial pode estar se desenvolvendo;
- Definir o que fazer com a informação coletada, quem irá analisar esses dados e em que situações eles deverão gerar um plano de ação e qual plano de ação será esse.
De nada serve monitorar maquinários que por escolha deliberada estejam enquadrados na manutenção corretiva. No entanto, maquinários de tenham exigência de alta disponibilidade, que são sujeitos à manutenção preventiva, que têm peças de reposição caras ou produzam grandes volumes, esses sim são os melhores candidatos para ter sua condição monitorada.
O que se procura é elevar a disponibilidade deste maquinário. Conhecê-lo como ninguém, através da análise criteriosa dos dados monitorados, a ponto de poder predizer o comportamento posterior. Compartilhar o conhecimento obtido e estabelecer, de forma continuada, ajustes nas melhores práticas é o que elevará o padrão da manutenção industrial. Esse processo será capaz de reduzir custos e melhorar a qualidade do produto final.
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