O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram, nesta quinta-feira (20), uma chamada pública para selecionar propostas voltadas à implantação ou expansão de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) no Brasil. A iniciativa está alinhada à política Nova Indústria Brasil (NIB) e ao esforço de neoindustrialização, impulsionando a adoção de tecnologias 4.0 e fortalecendo a competitividade do setor produtivo nacional.
Com um orçamento de R$ 3 bilhões, o edital está aberto a empresas brasileiras e estrangeiras interessadas em desenvolver infraestrutura para pesquisa e inovação no país. Os recursos poderão ser acessados por meio de crédito, participação acionária, subvenção econômica e apoio a projetos cooperativos entre empresas e instituições tecnológicas.
"A inovação é um dos eixos da neoindustrialização. Em 2024, subimos 4 posições no ranking global de inovação. A chamada pública do BNDES e da Finep vai estimular nossas empresas a seguirem esse caminho, investindo em pesquisa e desenvolvimento; sofisticando nossos produtos e processos; e gerando emprego e renda no Brasil”, explica o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Os Centros de PD&I contemplam laboratórios, plantas piloto e instalações dedicadas ao desenvolvimento tecnológico, incluindo testes, validação de produtos e parcerias com universidades. As propostas devem estar alinhadas às diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB) e requerem investimento mínimo de R$ 10 milhões para projetos no Norte e Nordeste e R$ 20 milhões para as demais regiões.
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O prazo de execução dos projetos é de até 36 meses.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que os centros de PD&I são essenciais para acelerar o lançamento de novos produtos e serviços, ampliando a competitividade e a diversificação da economia brasileira. Ele destacou que o país possui uma base científica robusta, profissionais qualificados e infraestrutura de pesquisa, mas ainda enfrenta desafios para transformar esse potencial em inovação e reter talentos. Apesar de ocupar a 14ª posição no ranking mundial de 2023, o Brasil segue com dificuldades para converter seus ativos tecnológicos em avanços concretos no setor produtivo. Além disso, o país está na 49ª colocação do Índice Global de Inovação (IGI), um desempenho considerado abaixo do esperado para uma das maiores economias do mundo.
Na mesma linha, o presidente da Finep, Celso Pansera, afirmou que a chamada pública é uma iniciativa estratégica para fomentar investimentos no desenvolvimento tecnológico e econômico do país. Segundo ele, os centros de PD&I são fundamentais para gerar empregos qualificados, elevar a renda e fortalecer a complexidade econômica. Além disso, destacou que grandes centros de pesquisa atraem fornecedores especializados, criando um ciclo virtuoso de inovação e crescimento.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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