Robôs humanoides estão prestes a deixar de ser exclusividade da ficção científica para se tornarem protagonistas de uma revolução econômica e tecnológica. Com capacidade para realizar tarefas domésticas e industriais, essas máquinas prometem transformar setores inteiros, desde a manufatura até os serviços de saúde, além de gerar impactos trilionários na economia global. Segundo análise publicada pela Forbes, a popularização desses robôs pode atingir uma escala inédita até 2040, com milhões de unidades em operação.
Especialistas apontam números impressionantes sobre o potencial desse mercado. A Goldman Sachs estima que a venda de robôs humanoides movimentará US$ 38 bilhões até 2035, enquanto a Ark Invest sugere que o impacto econômico gerado por sua mão de obra automatizada poderá alcançar US$ 24 trilhões.
Atualmente, 16 empresas lideram o desenvolvimento desses robôs, entre elas Tesla, Boston Dynamics e Agility Robotics, cujos modelos, como Optimus e Atlas, já estão em testes avançados. Outras companhias como Figure AI, Apptronik e Sanctuary AI também se destacam nesse mercado.
A maior parte dessas organizações está localizada nos Estados Unidos e na China, que concentram 14 das 16 principais fabricantes. Enquanto isso, regiões como a União Europeia, América do Sul e África ainda não possuem participação significativa nesse setor estratégico.
A visão de futuro inclui robôs humanoides realizando desde tarefas domésticas, como lavar roupas e aspirar o chão, até atividades em setores como manufatura, logística, transporte e entretenimento. De acordo com Peter Diamandis, autor, futurista e investidor, o custo operacional dessas máquinas poderá ser de apenas US$ 10 por dia, tornando-as uma alternativa economicamente viável em substituição à mão de obra humana. Ele projeta que, até 2040, haverá até 10 bilhões de robôs em uso, influenciando profundamente a economia global.
Continua depois da publicidade |
“Se você os alugar, como aluga um carro de US$ 30.000, o custo mensal seria de 300 dólares”, disse Diamandis, recentemente no podcast TechFirst. “Isso se traduz incrivelmente para US$ 10 por dia e 40 centavos por hora. Assim, você teria uma força de trabalho à espera de qualquer desejo seu: limpar a casa, cortar a grama ou até trocar as fraldas do bebê”.
Segundo um relatório recente de robôs autônomos de Peter Diamandis, que cita Brett Adcock, CEO da Figure AI, metade do PIB global é destinada ao pagamento de salários, representando um mercado anual de US$ 40 trilhões. Esse valor é dez vezes superior ao de toda a indústria de transporte somada.
Embora a adoção inicial de robôs humanoides esteja focada em setores industriais, essa corrida tecnológica tem o poder de transformar o futuro do trabalho e redefinir o equilíbrio de poder entre as empresas e os países que liderarem essa inovação.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
Gostou? Então compartilhe: