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Metade das empresas adotará monitoramento sustentável em nuvem híbrida até 2026, diz Gartner

A pressão por metas de carbono neutro impulsiona a inovação em sustentabilidade nas TI

Por: Redação CIMM      04/06/2024 

O Gartner, referência mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, divulgou uma previsão impactante: até 2026, metade das empresas adotarão sistemas de monitoramento habilitados para sustentabilidade com o objetivo de gerenciar o consumo de energia e as métricas de pegada de carbono em ambientes de Nuvem Híbrida. Esta tendência surge como resposta à crescente pressão de investidores, clientes, reguladores e governos, que exigem metas de neutralidade de carbono e emissões zero até 2030.

Segundo Padraig Byrne, Vice-Presidente e Analista do Gartner, "as companhias têm metas fortes de redução de carbono a serem alcançadas e esperam que suas equipes de infraestrutura e operações (I&O) lancem iniciativas de sustentabilidade alinhadas com sua pegada de carbono de TI e com os objetivos corporativos".

O Gartner destaca que os relatórios de atividades, uso de energia, eficiência hídrica e emissões de gases de efeito estufa (GHG) em ambientes Cloud e centros de dados se tornarão novas áreas de gestão de TI. Esse cenário resultará na adoção de modernos modelos operacionais de TI, conhecidos como GreenOps, que exigirão ferramentas, capacidades e processos atualizados.

Para gerenciar e otimizar as emissões de CO2e e o consumo de energia, Byrne enfatiza a necessidade de serviços de monitoramento, analytics e Inteligência Artificial Generativa (GenIA). A previsão é que os fornecedores de sistemas de monitoramento evoluam seus portfólios de produtos, habilitando novas capacidades para rastrear CO2e e consumo de energia em diferentes camadas de TI – desde centros de dados até aplicações.

No entanto, a adoção do monitoramento habilitado para sustentabilidade enfrenta desafios significativos. Atualmente, as empresas utilizam dados históricos com pouca ou nenhuma informação em tempo real, impactando decisões imediatas de negócios. "A maioria das métricas relevantes alinhadas à sustentabilidade é baseada em emissões de CO2e e consumo de energia. No entanto, as companhias de TI atualmente não têm a capacidade de reunir essas informações diretamente", diz Byrne. Ele alerta que as informações disponíveis não são precisas o suficiente para decisões de gestão confiáveis, devido à falta de processos e ferramentas especializadas para rastrear métricas de CO2e e energia.


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Apesar dos desafios, o Gartner recomenda que as empresas comecem a adotar práticas de GreenOps ou de sustentabilidade para construir modelos operacionais que alcancem metas de carbono neutro. A telemetria de sustentabilidade deve ser coletada e gerenciada com a mesma importância que a telemetria de desempenho e custo.

"Tratar esses sinais com igual importância posiciona as companhias para se beneficiarem da otimização em tempo real das emissões de gases de efeito estufa e do consumo de energia quando a capacidade estiver disponível," afirma Byrne.

 

*Imagem de capa: Depositphotos

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