Por que investir tempo, dinheiro e todo seu conhecimento em uma filosofia de trabalho denominada fábrica inteligente ou indústria 4.0? Muito se fala sobre uma indústria de 4ª geração, em que vários artigos são elaborados com intuito de esclarecer e notificar a existência de tecnologias e produtos que podem trazer inúmeros benefícios e melhorias para o negócio.
São inúmeras as vantagens e as melhorias ao se adotar uma filosofia de trabalho de 4ª geração, tanto na qualidade como nos custos de seus produtos, resultados operacionais satisfatórios e previsíveis, drástica redução nas despesas e no capital de giro. Sem contar as vantagens competitivas que levarão a empresa para níveis altíssimos de competitividade e flexibilidade de atendimento junto aos clientes e fornecedores.
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Contudo, é muito importante mencionar que existe uma grande diferença entre tecnologia e metodologia, pois sem esta última a primeira de nada vale. Temos farta oferta de produtos e tecnologias a serem aplicadas em uma indústria inteligente, porém, cabe ao usuário entender e decidir qual utilizar, em função de suas necessidades, do seu poder de compra e do seu conhecimento operacional sobre elas.
Independentemente do tipo de metodologia a ser adotado, o critério de aplicação deve ser coerente com determinada lógica para o projeto como um todo. Logicamente, se você está partindo de uma cadeia produtiva já existente, provavelmente seu projeto poderá não ser tão audacioso como pode ser na implementação de uma cadeia nova.
Tecnologias da indústria inteligente
Quanto às tecnologias a serem aplicadas, o critério necessariamente deve girar em torno de três premissas básicas e elementares, a seguir:
- Do que realmente preciso: entenda nos detalhes suas necessidades e respectivas contingências, para definir qual tecnologia utilizar;
- O que posso comprar: avalie muito bem essa relação custo benefício, evitando, assim, comprar o que não pode ou não deve pagar;
- Consigo utilizar: calce as sandálias da humildade e avalie se realmente sua organização vai saber utilizar determinadas tecnologias que pretende adquirir.
Não invente a roda só porque você é um engenheiro e saberia desenvolver uma roda. Compre a roda de quem só faz rodas, pois ele saberá fazer uma muito melhor e mais barato que a sua.
O contexto indústria 4.0
Indo direto ao ponto, temos quatro perguntas e quatro respostas sobre o contexto “indústria 4ª geração” a seguir:
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O que mais interessa para o (os) acionista (s) de uma determinada empresa onde foram alocados determinados investimentos e aplicados tempo de trabalho, inteligência e conhecimento?
Resposta: o que mais interessa aos acionistas é o retorno do investimento aplicado na empresa, com total aversão ao risco. Isto quer dizer que lucro operacional e/ou fluxo de caixa positivo é só o que interessa.
Como garantir o cumprimento desses objetivos para os acionistas?
Resposta: Utilizando uma ferramenta cuja metodologia de trabalho, chamada indústria de 4ª geração, irá trazer todos os benefícios necessários ao sucesso do negócio, gerando ótimos resultados, com segurança, previsibilidade e confiabilidade.
Porque a indústria 4.0 seria a ideal para trazer os resultados esperados pelos acionistas?
Porque dentro de sua metodologia operacional ela proporciona a previsibilidade de resultados, controla toda a cadeia produtiva, promove e ajusta as métricas e indicadores sem a intervenção humana, elimina erros e desvios e trabalha com tempo de resposta online.
Como a indústria 4.0 pode ajudar nos resultados esperados?
Pode ajudar quando constituída por pelo menos três premissas básicas e operacionais, a seguir:
- Planejamento da cadeia produtiva: somente a eficácia no planejamento irá garantir a previsibilidade dos resultados. Deve ser planejada de maneira racional e criteriosa, pois é a mais importante das três, e dela sairá ou não o sucesso do projeto de uma indústria 4.0. É aqui que devemos planejar o que, quando e como fazer cada passo da cadeia e quais as contingências tomar para os obstáculos e surpresas. Logo, quanto melhor o planejamento aplicado nessa primeira premissa, maior a garantia de se obter os resultados previstos no plano de negócio.
- Controle total e online da cadeia produtiva: eficiência nos processos e monitoramento online dos indicadores. Aqui também impera a racionalidade, e o pensar grande é crucial. Por que não controlar somente os indicadores do produto final e deixar o sistema operacional controlar os indicadores intermediários? É utopia? Pode até ser, no início, mas com o aprendizado acontecendo, tudo se torna mais tangível e coerente, com a abertura de vários caminhos e alternativas que podem levar para o objetivo final.
- Adoção de valores nos produtos produzidos: o valor de um produto é aquele, cuja percepção dos clientes, o dizem ter. Em uma cadeia produtiva devem ser adicionados somente aqueles processos que realmente agregam valor e eliminados aqueles que geram custos intangíveis nos produtos. Custos intangíveis são aqueles que não se enxergam, portanto, impossível de calculá-los.
- A composição dos custos de um produto é formada por três componentes principais: matéria-prima, especificações de produto e processos operacionais. Nada de excepcional se pode fazer no que se refere aos dois primeiros, pois são totalmente copiáveis. Portanto, nos resta trabalhar no terceiro componente, no operacional. Quero dizer, operar uma cadeia produtiva com eficácia. A disciplina e a criatividade nela aplicada será exclusividade da empresa, portanto, não copiáveis. E aí está a chave do cofre.
Não é o produto que leva ao sucesso, mas, sim, a capacidade de como fazê-lo.
*Imagem de capa: Depositphotos
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