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Automação na Indústria 4.0: Estratégias e desafios para o futuro da produção

Descubra como a automação na Indústria 4.0 está moldando o futuro da produção e os desafios enfrentados na implementação.

Por: Pietro Perrone      Exclusiva 09/10/2023

Nas 6 primeiras edições da nossa coluna Indústria Inteligente, tivemos a oportunidade de demonstrar algumas das mais evidentes diferenças entre os conceitos operacionais básicos de uma Indústria Convencional versus uma Indústria 4.0. Ficou também enfatizado a real necessidade da flexibilização dos processos e a assertividade nos resultados finais.

Vimos também a existência de um tripé de sustentação na Indústria 4.0 e seus principais conceitos. Tripé esse, composto pelo Plano Master de Negócio, Banco de Dados e Cadeia Produtiva, tendo sua gestão e comunicação centralizadas por um Sistema Operacional.

Nesta edição (artigo7) iremos tratar do assunto "Automação na Indústria 4.0”. 

Não existe uma fórmula mágica e/ou padronizada para se implementar uma ou várias etapas de automação em uma operação industrial, seja ela de qualquer geração, porém a criatividade e a objetividade imperam na definição e aplicabilidade dos conceitos básicos, como veremos a seguir.

Nível de automação a ser aplicado

Primeiramente deve-se escolher uma entre as três premissas básicas importantes: ”o que desejamos adquirir”, “o que podemos adquirir” e a última e mais importante “qual o melhor custo benefício”. A premissa escolhida deverá nortear todo o plano de automação e seguir os respectivos critérios e procedimentos.

Planejamento e projeto da automação a ser aplicada

Uma vez definida qual das premissas será adotada, partimos então para o detalhamento e análise de cada passo da Cadeia Produtiva e quais os equipamentos e dispositivos de automação que poderiam ser aplicados em cada um deles. Finalizando essas duas primeiras etapas, teríamos então um plano mestre de automação, com todos os critérios elencados, normas técnicas adotadas, plano de manutenção corretiva/preventiva, procedimentos operacionais para automação e suporte técnico, definições específicas e documentações relativas. O plano de automação deve ser digitalizado e controlado, com todas as revisões formalizadas e devidamente planejadas. 

Simulação

Simulação é primordial, portanto nenhum investimento ou aquisição deve ser feito, antes de certificar o perfeito funcionamento do Plano de Automação e seus links. Apesar dos custos de uma simulação serem elevados, eles são compensados pela excelência  obtida nos resultados. Nunca implementar ou alterar o Plano de Automação, sem antes simular os resultados e verificar se o objetivo foi atendido na Cadeia Produtiva como um todo. 

Automação eficiente

É aquela que atende aos requisitos do Plano Mestre do Negócio, elimina ou reduz as intervenções humanas no Sistema Operacional, garante a qualidade dos dados no Banco de Dados com rápido tempo de resposta, garante qualidade dos produtos e a flexibilidade dos processos na Cadeia Produtiva.

Automação ideal

Use e abuse da criatividade e do bom senso, agregando no projeto somente o necessário, sem exageros nem sofisticações complicadas. Lembre-se que a automação existe para facilitar e racionalizar os mais diversos trabalhos operacionais e reduzir intervenções humanas, deixando assim tempo livre aos usuários para planejar, controlar indicadores e melhorar o sistema.

Compatibilidade dos equipamentos de automação

Devem ser compatíveis e conversarem entre si, disponibilidade de peças de reposição, praticidade na manutenção e limpeza, planos de manutenção dos fabricantes, consumo de utilidades como energia, gás, ar comprimido e agua, ambiente de trabalho apropriado, etc.

Aplicações e tipos de automação:

O termo automação é utilizado genericamente para vários tipos de processos, sejam eles operacionais ou burocráticos. Todos conectados entre si e monitorados pelo Sistema Operacional. 

  • Equipamentos de processos primários: máquinas injetoras de metais não ferrosos, máquinas injetoras de plástico, fornos, geradores e acabamentos superficiais. 
  • Máquinas e dispositivos de montagem: dispositivos pneumáticos, alimentadores de peças, correias transportadoras, elevadores e testadores.
  • Comparadores: controle e inspeção por imagens, peso, dimensional, ausência e/ou posição de componentes, fixação de peças e partes, etc.
  • Identificadores e contadores: leitores de códigos, atualizam os níveis de estoques intermediários e controlam a movimentação e endereçamento dos materiais, rastreabilidade dos conjuntos, quantidade de peças e itens, fluxo de entrada e saída dos processos, tempo e desvios. 

 

A SIMPLICIDADE É O MAIS ALTO GRAU DE SOFISTICAÇÃO!!! 
– Leonardo da Vinci

 
*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Pietro Perrone

Pietro Perrone

Mais de 45 anos de comprovada experiência em indústrias multinacionais, ocupando posições de Presidente, Vice-Presidente, Diretor Industrial, Gerente de Manufatura, Engenheiro de Manufatura, Gerente de Engenharia de Manufatura, Gerente de Produção.