Em um cenário de constante evolução tecnológica, a indústria brasileira está prestes a dar um salto significativo em direção ao futuro com a implementação da tecnologia 5G no chão de fábrica. A segunda fase de testes do Projeto Open Lab 5G WEG-V2COM, uma colaboração entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a empresa WEG-V2COM, revelou resultados extremamente positivos, validando a viabilidade e aplicabilidade do 5G nas operações industriais.
O foco da segunda fase do projeto foi a conectividade de dispositivos da Internet das Coisas (IoT) na rede 5G. Os testes, realizados na fábrica da WEG Drives & Controls, em Jaraguá do Sul (SC), avaliaram o desempenho da rede 5G em termos de velocidade, latência, confiabilidade e capacidade de conectar dispositivos. Os resultados foram impressionantes.
Uma das características mais notáveis do 5G Release 16, testado no projeto, é a sua capacidade de oferecer uma conexão muito mais rápida em comparação com o 4G e o Wi-Fi. Com velocidades teóricas de download que podem superar 1 Gbps, o 5G é ideal para transmitir vídeo de alta resolução, permitindo o monitoramento remoto preciso das operações industriais.
Além disso, a latência extremamente baixa, de menos de 15 milissegundos, torna possível a realização de aplicações em tempo real, como o uso de robôs colaborativos e veículos autônomos nas fábricas.
As medições realizadas no 5G Release 16 nas instalações da WEG Drives & Controls revelaram uma notável capacidade da rede para suportar conexões simultâneas em larga escala, um fator crucial diante do crescente número de dispositivos com diversas funcionalidades atualmente conectados. Além disso, aprimoramentos na confiabilidade da rede a tornam altamente disponível, comparável a sistemas críticos, como controle de tráfego aéreo e distribuição de energia elétrica.
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A capacidade expandida de conectar mais dispositivos abre portas para soluções em larga escala de IoT (Internet das Coisas) para monitorar e gerenciar processos de produção e logística, segundo o relatório. Isso inclui sensores IoT capazes de monitorar variáveis como temperatura, pressão e umidade em tempo real, otimizando as condições de fabricação. Em comparação com a tecnologia Wi-Fi atualmente utilizada nas instalações de Jaraguá do Sul, os testes indicaram que a tecnologia 5G permite uma densificação de casos de uso cinco vezes maior. Além disso, a taxa de transferência de dados em cada dispositivo conectado é substancialmente superior.
Surpreendentemente, o 5G demonstrou ser altamente eficiente em termos de consumo de energia. Isso significa que os dispositivos conectados podem funcionar por mais tempo com a mesma bateria, tornando o uso do 5G ainda mais vantajoso para operações industriais contínuas.
Os resultados positivos desses testes impactarão não apenas as operações da indústria brasileira, mas também terão influência nas decisões regulatórias relacionadas à tecnologia 5G.
A realização da segunda fase de testes em ambiente industrial do Projeto Open Lab 5G WEG-V2COM teve o acompanhamento da Anatel e a participação dos parceiros Qualcomm, no suporte técnico para a execução do projeto, e da Claro, para a implementação da rede privativa mista (integrada). O acordo entre ABDI e Anatel prevê a realização de testes também em outros dois ambientes: cidades e agronegócio.
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