Pensando em facilitar o transporte de turbinas eólicas, a Orbital, startup do segmento de peças em impressão 3D, desenvolveu uma nova tecnologia que permite imprimir materiais compostos em altas velocidades. No momento, a indústria eólica usa técnicas de fabricação intensivas em mão de obra. A informação consta em publicação do portal Fast Company.
“A maioria das pessoas não sabe disso, mas na verdade não temos nenhuma fábrica de pás eólicas nos Estados Unidos”, diz Amolak Badesha, CEO da Orbital Composites. “Costumávamos ter mais, mas todos foram transferidos para o exterior devido ao quão manual é esse processo”.
A Orbital já usa sua tecnologia para imprimir drones e peças de satélites. Para fazer pás de turbina eólica, ela imprime em 3D um molde gigante e, em seguida, imprime a pá dentro do molde. Todo o equipamento pode ser entregue em um local em contêineres de remessa.
Manufatura aditiva e a redução de custos
Ao eliminar a necessidade de mover o produto final, é mais fácil fazer pás mais longas – e quanto maior a pá, mais potência uma turbina pode produzir, reduzindo o custo de energia. O uso da impressão 3D também ajuda a reduzir custos. “Quando você faz estruturas deste tamanho, seu custo é realmente dominado por materiais”, diz Badesha. “Os processos tradicionais desperdiçam muito.”
Ao adicionar apenas a quantidade exata de material necessário, a manufatura aditiva elimina esse desperdício. Espera-se que a redução do uso de material reduza os custos em 25%; a fabricação no local pode reduzir os custos em mais 10% a 25%.
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Os engenheiros também estão desenvolvendo os processos para bases e torres de impressão 3D para turbinas eólicas. Eventualmente, o processo também pode imprimir outros componentes, incluindo ímãs que atualmente dependem de materiais importados raros, mas que podem ser feitos no país.
Pá eólica de 30 metros de comprimento
Ainda assim, as pás do vento virão primeiro. Em sua primeira demonstração, no final deste ano, a equipe imprimirá uma pá eólica de quase 30 pés de comprimento que será testada quanto ao desempenho.
No próximo ano, em colaboração com o Departamento de Energia, planeja testar um robô de impressão 3D que pode viajar para frente e para trás em um sistema de cabo enquanto cria as lâminas (Badesha o compara ao sistema SkyCam usado com câmeras em jogos da NFL). “Isso nos permite atingir a escala de mais de 100 metros [328 pés], o que significa que não precisamos de uma infraestrutura extensa para fazer essas pás”, diz ele.
A próxima pá a ser testada terá 164 pés de comprimento, seguida por pás em escala comercial que são quase tão longas quanto um campo de futebol. O produto final utilizará material reciclável. (A maioria das pás de turbinas eólicas atuais não são recicláveis , embora alguns outros fabricantes também estejam testando materiais que são). “Não estamos apenas reduzindo o material em primeiro lugar, mas também vamos reciclar esses materiais e reutilizá-los”,diz Badesha.
*Imagem de capa: Depositphotos
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