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3 principais tendências de robótica para 2023

Com a venda de robôs atingindo níveis recordes, Marc Segura, presidente da ABB Robótica, faz diversas previsões sobre as principais tendências em automação robótica para 2023.

Por: Redação CIMM/ Assessoria de Imprensa      20/03/2023 

Escassez de mão de obra apresenta novas oportunidades para automação robótica, IA e redes digitais conectadas tornarão os robôs mais fáceis de usar e mais parcerias especializadas entre a indústria e os educadores fecharão a lacuna de qualificação em robótica. Essas são as principais tendências de robótica para 2023 apontadas por Marc Segura, presidente da ABB Robótica, fabricante de alguns dos robôs industriais mais populares do mundo.

“O impacto da escassez global de mão de obra está sendo cada vez mais sentido por muitas empresas enquanto tentam acompanhar as demandas dos clientes”, disse Marc Segura, presidente da ABB Robótica. “Isso, juntamente com a incerteza global, a interrupção das cadeias de suprimentos e o aumento dos custos de energia como resultado dos eventos mundiais em 2022, significa que mais empresas estão buscando a automação robótica como forma de aumentar a flexibilidade, criar resiliência e tornar suas operações mais sustentáveis”.

1. Demanda de robôs devido à escassez de mão de obra

A demanda por robôs aumentará em resposta à escassez global de mão de obra, com os robôs assumindo novas tarefas à medida que mais empresas procuram reforçar suas operações.

O impacto da escassez de mão de obra já é amplamente sentido em todos os setores e continuará em 2023 como efeito do envelhecimento da população e da relutância em assumir empregos mal pagos e insatisfatórios. Até 2030, prevê-se que mais de 85 milhões de vagas não serão preenchidas, prejudicando o crescimento econômico e impondo às empresas a necessidade de encontrar novas maneiras de preencher lacunas na força de trabalho.

A demanda por robôs será particularmente forte em países que estão buscando reshore (trazer parte do negócio que estava em outro país de volta ao país original) ou nearshore (contratar uma equipe remota que esteja geograficamente próxima de sua empresa) de suas operações para ajudar a melhorar a resiliência da cadeia de suprimentos frente a eventos globais. Em pesquisa com 1.610 companhias da Europa e dos Estados Unidos 74% das empresas europeias e 70% das companhias dos Estados Unidos disseram que planejam reshore ou nearshore suas operações, com 75% dos entrevistados na Europa e 62% nos Estados Unidos indicando que podem investir em automação robótica nos próximos três anos.


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“Embora a atenção tenha se concentrado no impacto da automação nos empregos, os robôs realizarão cada vez mais as tarefas monótonas, sujas e perigosas que não são mais atraentes, ajudando a resolver a questão da escassez global de mão de obra e habilidades”, disse Segura. “As capacidades em expansão dos robôs, incluindo o desenvolvimento de opções colaborativas com cargas maiores (...) oferecem novas possibilidades para as empresas lidarem com as lacunas de habilidades e fazerem melhor uso de sua força de trabalho existente".

Segundo Segura, "também veremos robôs assumindo tarefas em novos setores, como serviços de alimentação e saúde, principalmente em laboratórios e dispensários". Como exemplo de caso, o executivo conta que robôs da ABB em operação na Divisão Médica da Universidade do Texas (UTMB), nos EUA, "revolucionaram a pesquisa de anticorpos ao automatizar o processo de teste". Isso aumentou o número de testes realizados por dia de 15 para 1.000. "Veremos robôs assumindo mais funções em configurações semelhantes em 2023, pois a escassez de mão de obra continua a impactar os negócios”, disse Segura.

2. IA e tecnologia autônoma levarão robôs a novos setores

A Inteligência Artificial (IA) e tecnologia autônoma tornarão os robôs mais fáceis de usar, integrar e acessar, permitindo que eles assumam mais tarefas em novos setores.

Embora as tecnologias autônomas continuem tornando os robôs mais fáceis de programar, operar e realizar a manutenção, mais empresas farão seus primeiros investimentos em robôs ou encontrarão maneiras de implantá-los em novos aplicativos. A mais recente tecnologia de navegação autônoma que alimenta a linha de robôs móveis autônomos (AMRs) da ABB, por exemplo, já está aumentando a produtividade, ao mesmo tempo em que torna as operações mais flexíveis e rápidas. Soluções como essas permitem que os fabricantes se afastem das linhas de produção tradicionais em direção a células de produção modulares e escaláveis ​​integradas, otimizando a entrega de componentes nas fábricas.

Os desenvolvimentos na inteligência artificial estão potencializando a apreensão e o posicionamento autônomos, o que expandirá a gama de tarefas que os robôs podem realizar. Esse maior uso de IA na robótica ajuda em tarefas como aparafusar, que já está em operação na Mega Fábrica de Robótica da ABB, em Xangai, onde robôs alimentados por IA constroem novos modelos de robôs. Ao mesmo tempo, a simplificação contínua do software e dos controladores usados ​​para programar robôs reduzirá ainda mais as barreiras à adoção, eliminando a necessidade de conhecimento especializado.

"À medida que a Inteligência Artificial na robótica se desenvolve, as preocupações sobre complexidade e capacidade que anteriormente impediam as empresas de investir em automação robótica estão sendo abordadas”, disse Marc Segura. “À medida que as capacidades se desenvolvem, os robôs aparecerão em maior número e em aplicações fora dos ambientes tradicionais de produção e distribuição, como eletrônicos, saúde, comércio eletrônico, produtos farmacêuticos e serviços de alimentação”.

O futuro próximo também verá a criação de redes digitais conectadas, usando plataformas abertas para permitir a integração rápida e fácil de robôs, controladores e software de diferentes fornecedores. 

3. Parceria entre indústria e educção levará a nova era de automação

Mais parcerias especializadas entre a indústria e os educadores ajudarão a munir os trabalhadores atuais e futuros com as habilidades necessárias para progredir em uma nova era de automação.

Com mais empresas introduzindo robôs, há uma necessidade crescente de os trabalhadores aprenderem novas habilidades que lhes permitam prosperar em um ambiente automatizado. Conseguir isso exigirá uma abordagem conjunta e multigeracional, desde escolas, faculdades e universidades até PMEs e associações de apoio para fornecer treinamento.

“As fábricas do futuro precisarão de trabalhadores que saibam aplicar tecnologias automatizadas para realizar tarefas”, disse Segura. “À medida que os robôs se tornam mais comuns em fábricas, armazéns e outros ambientes, haverá um aumento nas parcerias entre fornecedores de robôs, fabricantes e educadores para garantir que as pessoas tenham as habilidades certas para um futuro automatizado. Já existem mais de 200 exemplos de parcerias da ABB com educadores em todo o mundo, onde nossos robôs, software de simulação e programação RobotStudio e ferramentas de realidade aumentada e realidade virtual são usados ​​para ensinar a alunos de todas as idades as habilidades necessárias para programar e usar a automação robótica”.

Um ano de oportunidade

Essas três tendências prevalecerão em 2023, à medida que mais empresas buscarem a automação para aumentar sua produtividade, eficiência e resiliência.

“A disrupção e a incerteza estão forçando as empresas a pensar de forma diferente sobre a maneira como operam. Escaláveis, flexíveis e capazes de lidar com uma gama crescente de tarefas, os robôs oferecem uma maneira ideal de lidar com a incerteza, tornando os negócios mais resilientes”, disse Segura. “Ao mesmo tempo, a automação robótica bem-sucedida depende da combinação do potencial de robôs e pessoas para alcançar os melhores resultados possíveis. À medida que novas tecnologias tornam os robôs mais fáceis de usar e implantar, vemos 2023 como um ano de oportunidade que permitirá que as empresas e suas forças de trabalho alcancem novos níveis de produtividade, eficiência e flexibilidade”.

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