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Automação e inteligência: as principais tendências de tecnologia para 2023

Tendências dizem respeito à visão de futuro das organizações em relação à fatores como automação e sustentabilidade.

Por: Sandra Maura      19/12/2022

Na era do digital, saber reconhecer quais são as soluções que guiarão o futuro é um passo dos mais relevantes e complexos para empresas de todos os setores e tamanhos. A boa notícia, nesse caso, é que já é possível antecipar quais serão as guias-mestres entre as tendências tecnológicas para 2023. De acordo com as principais pesquisas do mercado, por exemplo, falando do avanço de quatro eixos: computação em nuvem, inteligência artificial (IA), observabilidade e sustentabilidade

O primeiro desses eixos pode não parecer uma grande novidade, mas é um campo em plena transformação, crescimento e evolução. À medida que as organizações caminham rumo a modelos orientados por dados, com equipes fisicamente distantes, o ambiente para sustentar e agilizar os processos de negócios se torna um elemento ainda mais estratégico. E é neste cenário que aplicações baseadas na computação em nuvem se tornam essenciais.  

Segundo pesquisas do Gartner, por exemplo, a maior parte dos gastos com tecnologia neste novo ano serão com soluções cloud. Neste contexto, vale salientar que a área de Infraestrutura como Serviço (IaaS) será a vertical com o maior crescimento na indústria de nuvem em 2023, com quase 30% de aumento. A explicação está na expansão do universo híbrido que amplia, por sua vez, a necessidade de escalar ou equacionar as aplicações com maior elasticidade e melhor relação de custo-benefício. 

Leia também: 10 principais tendências tecnológicas para 2023, segundo o Gartner

Inteligência artificial em 2023

Outra tendência que continuará a ganhar espaço e atenção no ano que chega é a expansão das ferramentas de integração, sobretudo as que incluem inteligência artificial, com o avanço de soluções de inteligência artificial adaptável e generativa. Conforme estudo da McKinsey, a adoção da Inteligência Artificial segue como um campo em destaque nos orçamentos de inovação e de experiência dos usuários, com nada menos do que dois terços dos participantes da pesquisa afirmando que os investimentos de suas empresas nesse segmento aumentarão nos próximos três anos.  


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Como resultado da maior adoção da inteligência artificial, devemos ver uma ampla gama de soluções ganhar tração no mercado, incluindo chatbots, assistentes virtuais e ferramentas automatizadas, entre outros. Esse é um movimento que vai ao encontro da crescente necessidade de personalização, com a valorização da experiência dos consumidores, e a automação das tarefas que possam ser agilizadas, sem o contato manual.  Ganhos que só serão possíveis com o processamento de enormes conjuntos de dados e a utilização de recursos de aprendizado de máquinas e deep learning. 

Os sistemas de inteligência artificial adaptáveis, por exemplo, trazem como diferencial a possibilidade de contar com sistemas treinados continuamente, aprender em ambientes de tempo de execução, a partir de novos dados. Assim, a IA Adaptável permitirá que as próprias aplicações sejam capazes de se adaptar (rapidamente) ao mundo, conforme ele acontece. Eles usam aprendizado dinâmico para operações que exigem transformações rápidas e respostas otimizadas. 

Observabilidade e Sustentabilidade

Para que todas essas aplicações - de nuvem ou inteligência artificial - façam sentido, porém, é preciso que elas entreguem a máxima performance. É neste ponto que surge a observabilidade avançada, que nada mais é do que a capacidade de elevar o monitoramento de uma rede (ou aplicação), mostrando indicadores práticos sobre o desempenho obtido em cada detalhe da experiência oferecida por sistemas e recursos. Ou seja, essa é a solução para analisar e compreender onde é possível melhorar as coisas. 

Paralelo a esses eixos, as empresas deverão falar muito mais sobre sustentabilidade, também do ponto de vista da TI. É preciso ponderar, entre outras coisas, que mais aplicações demandarão mais energia, envolverão mais dados, exigirão novos conhecimentos, mais talentos etc. Pensar a gestão do universo de tecnologia terá que incluir, cada vez mais, como a estratégia a ser seguida se encaixa à agenda ESG.  

O Gartner recentemente indicou, inclusive, que a sustentabilidade influenciará que permeará todas as tendências tecnológicas estratégicas para 2023. Segundo analises recém-divulgadas, as mudanças ambientais e sociais estão entre as três principais prioridades para os executivos, e a aplicação da tecnologia será um componente vital para atingir esses objetivos.  

Afinal de contas, para tornar as operações verdadeiramente sustentáveis, as companhias precisarão indubitavelmente de estruturas para adequar a eficiência no uso de recursos naturais e sociais – e os serviços de TI devem acompanhar e sustentar essa sustentabilidade. Acompanhar o mercado de tecnologia, porém, está longe de ser uma tarefa fácil: este é, afinal, um campo em constante evolução, com inovações surgindo diariamente para influenciar e mudar os negócios. 

Evidentemente, as tendências para 2023 não se resumem a um ano. Ao contrário, dizem muito mais respeito à visão de futuro das organizações em relação à mobilidade, automação e tomada de decisão, além de sustentabilidade, governança e gestão.

Aplicar esses pontos, por sua vez, está longe de ser um projeto de começo, meio e fim – a jornada é contínua e exigirá que as empresas tenham atenção e invistam a cada dia mais em conhecimento e colaboração. Se é complexo dizer como será o futuro da TI, ao menos podemos dizer, desde já, que fazer sozinho não é mais uma opção. Essa, talvez, seja a grande tendência e lição que temos de carregar para o amanhã dos negócios: é fundamental seguir aprendendo, somando forças e maximizando as oportunidades. 

 

Imagem de capa: Depositphotos

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Sandra Maura

CEO da TOPMIND