O cenário de baixo crescimento e juros elevados vai impor grandes desafios para pequenos e médios negócios em 2022. Diante das perspectivas para a economia brasileira, ficará mais difícil para empresas do segmento ter ganhos de produtividade, apesar de esta ser uma necessidade cada vez maior para avançar no mercado.
Nesse contexto, a robótica pode ser o caminho para enfrentar as dificuldades do momento. Um programa-piloto executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) revelou que as tecnologias digitais da indústria 4.0, que têm como base a automação, incluindo o uso de robôs, permitem aumentar em 22%, em média, a produtividade de micro, pequenas e médias empresas.
Globalmente, a adoção da robótica ainda é tímida no segmento, mas está no radar das empresas nos próximos anos. A Pesquisa de Automação ABB Robotics 2021 mostrou que apenas 36% dos pequenos negócios, com menos de 25 funcionários, adotam robôs em suas atividades; por outro lado, 60% informaram que devem introduzir ou aumentar o uso atual de robótica nos próximos 10 anos. Entre as médias, de 25 a 250 funcionários, o índice daqueles que já utilizam robótica dobra, para 71%. Mesmo assim, 92% dizem que provavelmente introduzirão ou elevarão seu uso atual de robótica na próxima década.
Rodrigo Bueno, diretor da ABB Robótica no Brasil, afirma que as PMEs poderão alcançar o objetivo de ampliar o uso da robótica porque essa tecnologia está mais acessível.
“Diferentemente do que pensam muitos empreendedores, a robótica, que pode ajudar a aumentar a produtividade, não está restrita a grandes empresas. Além da venda, a indústria de automação vem oferecendo outros modelos de negócios para que a tecnologia seja acessível a empresas de todos os portes. São os casos do leasing e aluguel de células robóticas, que permitem destinar valores menores mensalmente. O volume de negócios relacionado a essas modalidades tem aumentado cada vez mais desde 2019, que vêm se tornando parte importante do faturamento da robótica da ABB”, afirma Bueno.
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Os avanços tecnológicos nos últimos anos também contribuíram para facilitar a adoção de robôs, que estão hoje aptos para atender às necessidades de empresas de todos os portes. Um bom exemplo são os robôs colaborativos (cobot), uma tendência global e indicados, principalmente, para indústrias com baixos níveis de automação. Essas soluções foram projetadas para que não seja preciso depender de especialistas em programação próprios. Toda a operação pode ser feita intuitivamente logo após a instalação direto da caixa, o que torna mais atrativa a adoção da robótica.
“São robôs que podem trabalhar ao lado dos seres humanos em total segurança, diferentemente dos robôs industriais convencionais, que, em geral, necessitam de isolamento. Além da configuração rápida e fácil, eles são capazes de desenvolver diversas aplicações como pick and place, empacotamento, alimentação de máquinas, montagem e paletização, adaptando de forma rápida as operações de acordo com as necessidades da empresa para responder a mudanças no mercado”, explica Bueno.
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