Com o objetivo de fortalecer a cadeia da manufatura aditiva no Brasil, a Braskem e a 3DCRIAR iniciam parceria para a distribuição de soluções inovadoras da Braskem no ecossistema de impressão 3D para o segmento industrial. O foco da companhia é consolidar um elo com a startup por meio da oferta de filamentos de polipropileno (PP) específicos para o processo de impressão 3D.
As características como reciclabilidade, leveza e versatilidade dos produtos de polipropileno são atraentes à manufatura aditiva e, por isso, essa matéria-prima é tão bem aceita nessa indústria. A expectativa é de que, com o apoio da 3DCRIAR, startup acelerada pelo Braskem Labs em 2020, a petroquímica se estabeleça como referência no setor caracterizado pela customização das soluções e continue sua estratégia de inovação, uma das dimensões dos compromissos anunciados pela companhia em maio deste ano.
“Os primeiros produtos que estarão disponíveis para aquisição serão os filamentos de PP para impressão 3D. Além de fornecer os produtos, nosso objetivo também é contribuir diretamente no desenvolvimento da indústria de manufatura aditiva, e nesse propósito surge a 3DCRIAR, que faz um trabalho de destaque implementando a impressão 3D em indústrias de diversos segmentos por meio do 3DaaS – 3D as a Service –, solução que viabiliza a instalação de impressoras 3D, fornecimento de matéria-prima e consultoria para identificação de oportunidades, suporte técnico e desenvolvimento de aplicações em que a manufatura aditiva agrega valor”, afirma o gerente de Inovação e Tecnologia para Manufatura Aditiva da Braskem, Fabio Lamon.
Os filamentos de PP da Braskem, disponíveis nos diâmetros de 1,75 e 2,85 mm, contribuem para o desenvolvimento de uma indústria cada vez mais sustentável, que demanda novas tecnologias constantemente. Eles são ideais para manufatura aditiva devido a características como reciclabilidade, resistência ao impacto, resistência química, estabilidade dimensional, efeito dobradiça durável (living hinge), resistência a absorção de umidade e densidade intrínseca significativamente menor que a maioria dos plásticos, o que contribui para redução de peso do produto final.
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A parceria entre a Braskem e a 3DCRIAR tem o intuito de levar soluções cada vez mais robustas para diversos segmentos da indústria, unindo a capacidade da Braskem no desenvolvimento de produtos com a expertise da 3DCRIAR.
“A parceria chega em um momento importante, onde a manufatura aditiva toma um espaço cada vez mais permanente nas indústrias, em especial na fabricação de dispositivos de assistência à produção e manutenção interna. Por meio da colaboração com a Braskem e da nossa participação no Braskem Labs, podemos aprimorar um modelo de negócios que alavanca a soma dos nossos pilares de negócios: o melhor portfólio de impressoras 3D, insumos de alta performance e nossa expertise única em manufatura aditiva. A possibilidade de trabalhar com uma das maiores indústrias químicas do mundo em uma nova fronteira é extremamente animadora para nós”, explica Daniel Huamani, diretor de tecnologia da 3DCRIAR.
A impressão 3D está se tornando cada vez mais relevante para a Braskem, enquanto fabricante de matéria-prima, pela perspectiva de crescimento de mercado. É uma tecnologia disruptiva com forte apelo de inovação transformacional, impulsionando o desenvolvimento de novas soluções. Além disso, o contexto de indústria 4.0 e da sustentabilidade também são bastante relevantes, por se tratar de um processo de produção totalmente descentralizado e que minimiza perdas e descarte de materiais, além de impactar processos logísticos.
As primeiras iniciativas da companhia nessa área tiveram início em 2013, no projeto “Imprimindo o Futuro”, uma parceria com Made In Space, fornecedora da NASA, para desenvolvimento de uma impressora 3D para operação em gravidade zero. O equipamento produzido e enviado à Estação Espacial Internacional, em 2016, usa o polietileno I'm greenTM bio-based da Braskem, produzido a partir da cana-de-açúcar, e ganhou, em 2019, o apoio de uma recicladora na qual a equipe de astronautas poderá transformar resíduos plásticos em matérias-primas para produção de novos itens.
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