Um levantamento da Cybereason, empresa de segurança cibernética, revelou que 31% das empresas norte-americanas vítimas de ransomware acabam fechando as portas. Nos Emirados Árabes Unidos e no Reino Unido, esse índice é ainda maior: 42% e 34% respectivamente. A grande maioria dessas companhias vivenciou um impacto negativo substancial nos negócios devido ao ataque, incluindo perda de receita, danos à marca, cortes imprevistos de pessoas e até o encerramento das atividades.
As empresas da França (22%), Alemanha (21%) e Singapura (21%) tiveram taxas de fechamento muito semelhantes. Na Espanha, o índice foi bem menor: apenas 5%.
Vale lembrar que a maioria das empresas que alegaram pagamento de resgate em invasões passadas não se tornaram imunes a invasões futuras, normalmente realizadas pelos mesmos agentes de ameaça. Além disso, mesmo o seguro cibernético não garante que as companhias afetadas recuperem todos os prejuízos ocasionados por um ataque do tipo. Danos como perda de reputação, por exemplo, não são cobertos pelas apólices tradicionais.
Outra constatação é que, embora parte das empresas ainda continue operando pós-ataques, muitas delas são forçadas a eliminar empregos. Essas dispensas variam dependendo da indústria: cerca de 50% das representantes do setor jurídico, por exemplo, demitem seus funcionários após um ataque de ransomware. No caso do varejo, são 48%, enquanto no setor automotivo 42%. A lista continua com manufatura (29%), tecnologia (29%), healthcare (24%) e serviços financeiros (23%).
A pesquisa ouviu 1.263 profissionais de segurança cibernética em abril, pertencentes aos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Emirados Árabes Unidos e Singapura. Os entrevistados pertencem a empresas dos mais variados tamanhos: 30% possuem 500 ou mais funcionários, 23% entre 250 e 500 colaboradores, 25% entre 100 e 249, 11% entre 50 e 99, 10% entre 10 e 49, e 1% menos de 10 pessoas.
Gostou? Então compartilhe: