A Dassault Systèmes anuncia acordo para o fornecimento da plataforma 3DEXPERIENCE ao Projeto BR Shuttle, promovido por algumas das principais universidades do Brasil para o desenvolvimento colaborativo de um novo veículo autônomo e elétrico voltado ao transporte de passageiros. Pioneiro no Brasil e na América Latina, o programa tem como objetivo fortalecer a troca de conhecimento, criando uma base de dados totalmente aberta para a construção de novas tecnologias e soluções de mobilidade que irão contribuir para o desenvolvimento do Brasil, posicionando o País em destaque internacional.
“Em todo o mundo, a tecnologia da Dassault Systèmes está sendo utilizada em processos de inovação aberta, que se destacam pelo trabalho colaborativo fundamental para acelerar e otimizar o desenvolvimento de novas soluções que podem ajudar na melhoria de vida em cidades, na capacitação da força de trabalho do futuro e na criação de um mundo melhor para as pessoas, por meio do crescimento sustentável”, diz Ligia Oliveira, líder da área educacional da Dassault Systèmes para toda a América Latina. “O Projeto BR Shuttle aproxima a inovação de alunos e de futuros profissionais, melhorando a mobilidade urbana e aumentando a eficiência energética, além de reduzir emissões de gases de efeito estufa dos veículos. Esse é o compromisso com o futuro que levou a Dassault Systèmes a apoiar essa iniciativa, disponibilizando sua plataforma como o coração do projeto”.
O projeto concentra-se em segurança veicular e propõe o desenvolvimento completo de um veículo de transporte de passageiros totalmente moderno, com capacidade para até oito pessoas. Esse micro-ônibus pode futuramente ser utilizado em ruas de bairro, conectando pessoas a corredores de transporte público. A proposta é criar um modelo com propulsão elétrica e sistema de segurança ativa de assistência ao motorista (ADAS – de Advanced Driver Assistance Systems, em inglês) variando do nível L0 (avisos sonoros ou assistências momentâneas) até nível L5 (veículo totalmente autônomo).
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As universidades estão atuando em conjunto para o desenvolvimento de componentes, hardware de controle e sistemas de segurança. A combinação de recursos baseada em Inteligência Artificial (IA) com aplicações de modelagem e simulação permitirá que usuários da plataforma 3DEXPERIENCE aumentem e interpretem seus dados de forma mais completa e rápida, independentemente de sua localização. A cada novo estágio do desenvolvimento, estudos serão lançados e os resultados serão divididos com o mercado. Será possível alavancar a criação virtual de cada etapa, por meio da experiência de Gêmeo Virtual (Virtual Twin), que simula e antecipa resultados sem a necessidade de testes no mundo real. Isso desencadeia um universo de oportunidades de colaboração sem precedentes, promovendo inovação e facilitando o planejamento e a execução em toda a cadeia de produção.
“Vamos utilizar a plataforma 3DEXPERIENCE para organizar e acelerar essas etapas. Com simulação e uso de recursos tecnológicos, ganhamos muita agilidade e inteligência para cruzar as informações testadas e para ampliar a capacidade de orientação e gestão dos professores”, afirma Roberto Bortolussi, Professor do Centro Universitário FEI e um dos idealizadores do projeto. “Devido a uma série de questões, como falta de investimento e dificuldades de registro de propriedade intelectual e industrial, o Brasil não possui uma plataforma aberta como essa para ser utilizada por universidades para pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos autônomos”.
Além de companhias do setor automotivo, importantes universidades já apoiam a iniciativa como: Centro Universitário FEI, UNICAMP, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Santa Maria do Rio Grande do Sul (UFSM), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Por estarmos trabalhando remotamente, o desenvolvimento continuará independente da pandemia de Covid-19”, diz Marco Barreto, professor do Centro Universitário FEI, indicando que o Projeto BR Shuttle tem duração prevista de três anos e trinta pessoas já integram a equipe de desenvolvimento. “Novas empresas e universidades devem participar da iniciativa nos próximos meses”, diz.
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