O consumo de energia elétrica no Brasil deve crescer cerca de 2,2% ao ano, de acordo com projeções do Grupo BP e da Câmara Brasileira de Comercialização de Energia. Mas em 2020, a redução das atividades econômicas por conta da pandemia provocou retração no consumo. A ONS (Operador do Sistema Nacional Elétrico) registrou acumulado negativo de 2% nos últimos 12 meses (julho/2019 a junho/2020), comparado com o mesmo período do ano anterior.
Mais do que um insumo essencial para o cotidiano, a energia elétrica ainda é a fonte mais utilizada no setor industrial – segundo a Firjan, pode representar mais de 40% do custo de produção. A eficiência em torno das matrizes energéticas já é uma das demandas mais importantes para a atividade das indústrias e, apoiada pela tecnologia, transforma o mercado de trabalho. “A eletrotécnica é fortemente relacionada com o novo mundo do trabalho. Estamos falando de fontes de energia, eficiência energética, processos de manufatura integrada. Precisamos de profissionais para fazer essa gestão, atualizando as operações e sistemas da indústria, viabilizando a troca dos equipamentos antigos e planejando sistemas de geração de energia”, conta Leandro Romero, professor do curso de Técnico em Eletrotécnica do Sistema Fiep, no Senai de Campo Mourão.
A demanda por técnicos na área deve crescer rapidamente nos próximos anos. O Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023, elaborado pelo Senai nacional, estima que será preciso qualificar 272.334 técnicos no setor de energia. Apesar das tantas oportunidades à vista, a escolha por educação profissional está nos planos de apenas 11,1% dos estudantes, segundo a CNI. Por isso, o Sistema Fiep oferta o curso de Técnico em Eletrotécnica de forma presencial e semipresencial, sempre atualizado de acordo com as demandas de mercado e as novas tecnologias disponíveis.
Base tecnológica
“A eletrotécnica dará suporte à indústria 4.0. Muitos alunos imaginam que a evolução tecnológica está relacionada com o desemprego, mas na realidade ela está ligada à formação profissional”, destaca Leandro. Por isso, a formação em Eletrotécnica ofertada pelo Sistema Fiep por meio do Senai está enraizada na área tecnológica. O aluno aprende sobre controle e processos industriais e há um segmento em Energia GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica). O objetivo é fornecer uma qualificação completa, ampliando as possibilidades de atuação. O professor Leandro Romero cita algumas dessas possibilidades: “Serviços de consultoria, execução e inspeção de projetos de instalações elétricas residenciais, prediais e industriais, manutenção e fabricação de máquinas e equipamentos eletroeletrônicos ou na área de energia”, diz.
Metodologia teórico-prática
Ao ingressar no curso de Técnico em Eletrotécnica, o aluno tem acesso à metodologia que o Sistema Fiep aplica em todas as suas formações. O conteúdo é integrado entre aulas teóricas e práticas em laboratório – neste momento, as aulas presenciais estão sendo retomadas gradativamente, com grupos de até oito alunos, respeitando o distanciamento nas bancadas de trabalho e seguindo as orientações de segurança da Organização Mundial de Saúde no combate à pandemia.
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Para o professor, a continuidade do aprendizado será um diferencial valioso na carreira dentro da indústria: “Consideramos a importância da evolução dentro da mesma área tecnológica, ou em áreas correlatas, como automação, robótica, mecânica, entre outras. Não existirá mais o operador de máquina sem uma boa formação. Qualquer que seja o equipamento, será conduzido/operado por um profissional que saiba das informações técnicas do sistema”, finaliza.
Com duração de dois anos, o curso de Técnico em Eletrotécnica é destinado a quem deseja aprender uma profissão, entrar no mercado de trabalho ou buscar uma melhor colocação na empresa em que trabalham. Para mais informações, acesse o site do Senai.
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