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Todos os caminhos levam à … inovação!

Em meio à consternação mundial causada pelo COVID-19, vivenciamos uma realidade muito diferente em nosso cotidiano que vem afetando nosso consumo

Por: Sandro Bouth Guedes      30/04/2020

Em meio à consternação mundial causada pelo COVID-19, vivenciamos uma realidade muito diferente em nosso cotidiano, que vem afetando nosso consumo, nossas relações interpessoais, nossos métodos de trabalho etc.

O isolamento social, observando as melhores práticas, divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), levou pessoas a trabalharem em home office e empresas diversas já buscam alternativas para se manterem ativas neste período pandêmico.

Neste momento, é oportuno refletir sobre soluções sistêmicas e duradouras para microempreendedores individuais, microempresas, pequenos e médios negócios, que estão sendo duramente afetados.

Circulando neste universo, tenho observado, em reuniões de networking e nas redes sociais, o movimento turbado dos empreendedores e o burburinho que estes fazem, quando o assunto são os caminhos que se desenham para a inovação nos micros, pequenos e médios negócios.

É um caminho sem volta, uns dizem! Outros, no entanto, creem severamente que o Brasil é muito atrasado, e até que a Transformação Digital se apresente de forma crível, muita água já terá rolado por debaixo da ponte.

Sinceramente me parece um engano, apesar de o Brasil ocupar a 66ª posição no índice global de inovação (fonte: Geopolítica da Tecnologia Digital – O&G TechWeek/2019), somos interessados em tecnologia, hoje temos uma diversidade de atividades funcionando com marketing digital, uso de softwares para soluções domésticas e acúmulos de redes sociais por exemplo.

Negócios não digitais, deste momento em diante, poderão se valer de processos e recursos inovadores, que os tornarão mais eficientes nas suas operações, sob os pontos de vista econômico, sustentável, de atendimento ao cliente e de melhorias na qualidade de vida de clientes e colaboradores. E isto tem um motivo.

O mundo mudou e a inovação é um caminho sem volta

Quem tem medo da inovação?


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Se considerarmos as três últimas revoluções industriais, ocorridas em 1780, 1870 e 1979, hoje estamos inseridos na 4ª revolução industrial, mais adaptados às novas tecnologias, com nossas redes sociais virtuais, smartphones, smart TV, Google, Microsoft, Apple, entre outros.

Ainda assim há uma resistência. Os micros e pequenos negócios regionalizados, em regra, não se sentem inseridos neste meio. Na minha opinião, não é pelo medo de inovar, mas, por não saberem como fazê-lo de forma efetiva.

E tudo isto se justifica?

É claro que sim!

O Fórum Econômico Mundial publicou artigo interessante com os “4 mitos sobre a 4ª Revolução Industrial”, sendo estes:

  1. A tecnologia é cara demais;
  2. A indústria 4.0 vai causar desemprego generalizado;
  3. Sustentabilidade e lucro caminham em vias separadas; e
  4. A transformação tecnológica originária da 4ª Revolução Industrial só é aplicável por multinacionais.

Ian Cronin autor deste texto, fecha-o com a hipótese de que se os mitos fossem enxergados por todos pelo que são: barreiras impostas por eles mesmos. Uma vez isso superado, daria para se “liberar todo o potencial tecnológico da indústria e inaugurar uma nova era de inovação, produtividade e crescimento inclusivo”.

Enxergar a democratização tecnológica, e como fazê-la, poderá levar os negócios tradicionais e sem viés tecnológico por uma trajetória de melhoria contínua de produtos e serviços, representando mais eficiência e mais sustentabilidade para a suas regiões.

É o tipo de cenário que permitirá que o “seo Zé” da mercearia entenda que o negócio dele pode dar aquele salto, da mesma forma que a imobiliária do seu bairro, ou ainda a livraria da esquina. Todos estes negócios, além de outros, têm potencial de inovação em seus mercados. O que lhes falta é saber por onde e como começar.

A inovação é para todos?

Seguramente que sim.

Cito um trecho do livro “Uma Jornada pela Inovação” que diz: “Inovação = ideia + implementação + resultados”.

A jornada talvez seja transformar estes componentes em um e-book ilustrado para os micros, pequenos e médios empreendimentos, para que estes inovem em seus negócios, vencendo desde já qualquer cenário caótico que o COVID‑19 possa nos deixar como sequela.

O desafio é acima de tudo cultural. É determinante o papel de destaque do conhecimento e da criatividade para o sucesso dos negócios. Para agora, é preciso reforçar a noção que ultrapassa o modismo, colocando a inovação como elemento imprescindível para o desenvolvimento e fortalecimento do empreendedorismo em nosso país, com a adoção de um novo mindset por micro, pequenos e médios empresários.

É preciso buscarmos como meta de curtíssimo prazo, de forma séria, iniciativas de conexão entre micro, pequenos, médios negócios e o Estado, propondo estratégias em três vertentes: Pedagógica, Modelagem Inovadora e Incentivos Fiscais, sendo nosso dever fomentar junto aos nossos clientes e parceiros, os fundamentos conceitos de tal empreitada, pois, todos os caminhos levam à ... inovação.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Sandro Bouth Guedes

Advogado, Consultor de Propriedade Intelectual - Mentor de Negócios PMBM® associado à ABMEN – Associação Brasileira dos Mentores de Negócios