A Gerdau, por meio de seu Núcleo de Inovação em Materiais Avançados (NIMA), está auxiliando na produção e distribuição de 10 mil protetores faciais reutilizáveis, em parceria com o grupo "Women in 3D Printing Brazil", para doação a profissionais de saúde em ao menos seis estados do Brasil. A iniciativa faz parte do Projeto Hígia, que vem sendo coordenada pela rede de mulheres voluntárias, cujo conhecimento em impressão 3D é usado em prol de causas sociais. Para atender a grande demanda, também será utilizado o método de injeção plástica, que possui uma alta capacidade de produção num curto espaço de tempo.
O NIMA irá mapear as necessidades das regiões onde a Gerdau atua no país, acompanhar o processo de produção das máscaras e garantir sua logística de entrega, que ocorrerá a partir desta quinta-feira (09).
Segundo Fladimir Gauto, diretor-executivo da área de aços especiais da Gerdau e líder do NIMA, o núcleo é responsável pelo desenvolvimento de novos materiais a partir de novas tecnologias. Uma das frentes de atuação do NIMA é a manufatura aditiva (impressão 3D).
"Nosso núcleo de inovação acompanha a atuação do Women in 3D Printing em diversos países no mundo. Em meio a esta pandemia, identificamos a oportunidade de apoiar o Projeto Hígia, contribuindo com a sociedade e os profissionais de saúde, que estão na linha de frente de combate à Covid-19. A iniciativa traduz bem o propósito da Gerdau de empoderar pessoas que constroem o futuro", explica Gauto.
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O modelo do protetor facial foi validado por uma equipe médica, que indicou os principais requisitos para definição do padrão ideal da haste para a cabeça e das folhas de acetato transparentes, para proteção de rosto e pescoço. Os itens são entregues depois de serem saneados com água, sabão e álcool, medida que é recomendada às instituições que recebem as máscaras, antes de cada uso.
A prioridade para a distribuição é a rede pública, em especial os hospitais de referência em Covid-19, centro cirúrgicos, unidades de terapia intensiva (UTI) e unidades de pronto-atendimento (UPA). A distribuição dos itens será dividida entre hospitais já cadastrados pelo Projeto Hígia e instituições de saúde mapeadas pela Gerdau em alguns dos estados onde a empresa atua - São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco - beneficiando 55 hospitais no total.
De acordo com Maria Elizete Kunke, responsável pelo "Women in 3D Printing Brazil", o apoio das empresas parceiras tem contribuído para a viabilização do projeto e ampliação do número de impressões de protetores. Ao todo, a ONG conta com 1.901 voluntários cadastrados, 19 pontos de produção no país, e já produziu e doou cerca de 10 mil itens.
"A maior demanda (71%) tem vindo da Região Sudeste. O tutorial para a produção dos protetores faciais já está disponível no nosso perfil no Instagram. Ou seja, todos podem contribuir com a ação e distribuir por conta própria. Já temos mais de 900 downloads do manual de instrução", ressalta.
Em paralelo, a usina da Gerdau localizada em Charqueadas (RS) usará sua impressora 3D para produzir protetores faciais que serão doados aos hospitais públicos do município. Os equipamentos de proteção individual serão impressos de acordo com a demanda da região.
"Além da parceria com a rede ‘Women in 3D Printing Brazil’, a Gerdau utilizará sua expertise em impressão 3D para produzir protetores que seguem o mesmo modelo do Projeto Hígia. Em Charqueadas, nossa usina será responsável pela produção e entrega dos materiais", conta Sandro Machado, gerente executivo da unidade.
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