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BCG Brasil se junta à maior rede mundial de fábricas modelo de Indústria 4.0

Iniciativa, alavancada por parceria entre BCG e SENAI-SP, busca apoiar o setor privado na busca por processos mais conectados, ágeis e personalizados

Por: Assessoria de Imprensa      02/12/2019 

O Boston Consulting Group (BCG) e o SENAI-SP firmam parceria com o objetivo de incluir o demonstrador 4.0 da Escola SENAI em São Caetano do Sul na rede mundial de ICO’s (Innovation Center for Operations). O ICO (em português, Centro de Inovação para Operações) é um conceito que oferece uma imersão completa na era da digitalização e está presente em mais seis países. O modelo, desenvolvido pelo SENAI-SP, conta com uma linha de produção de ponta, funcionando como um grande demonstrador de tecnologias avançadas.

O demonstrador do SENAI-SP reproduz uma linha de produção com a aplicação de diversos casos de uso da Indústria 4.0, a maioria com foco em automação e conectividade de dados. Biometria para solicitar nova ordem de fabricação, realidade aumentada, sensores IoT, manufatura aditiva, gestão de produção em tempo real com etiquetas RFID e robôs colaborativos são alguns exemplos que podem ser vistos na fábrica modelo. Hoje, cerca de vinte e cinco empresas colaboram com a execução do projeto.

O centro foi projetado para promover os impactos da Indústria 4.0 e demonstrar como a medição e o acompanhamento de dados e indicadores em tempo real podem elevar a produtividade e a eficiência. "Nosso papel como consultoria estratégica é orientar sobre como as empresas podem utilizar a tecnologia para resolver problemas de seus negócios, apresentando soluções, com seus prós e contras, de forma independente. No novo ICO de São Paulo será possível demonstrar, na prática e em um único local, como essas tecnologias se conversam e se potencializam", explica Julien Imbert, sócio do BCG e especialista em Indústria 4.0.

O ICO de São Paulo foi o sétimo no mundo - hoje já são dez fixos e uma unidade móvel. O BCG, que começou o projeto há cerca de cinco anos por meio parcerias com três institutos na Alemanha, lançou posteriormente a primeira unidade própria em Paris. Recentemente, mais três centros foram inaugurados: na China, na Irlanda e na França. A unidade brasileira utiliza o que há de mais novo em termos de tecnologia.


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"Vale ressaltar que as tecnologias presentes estão no mesmo nível de qualquer centro alemão. Outro ponto importante é que a estrutura global de ICOs funciona como uma rede, então estamos constantemente trocando informações sobre as novos recursos e casos de uso para termos sempre o que existe de mais moderno em nosso demonstrador. Contamos também com o apoio local de uma rede de parceiros, formada por fornecedores de tecnologia, grandes empresas globais e startups", afirma Marcelo Mattioli, sócio do BCG e um dos gestores do ICO.

Além de oferecer uma imersão prática na Indústria 4.0, ilustrando como funcionam os mais recentes recursos tecnológicos do mercado de forma integrada, o ICO leva aos clientes a possibilidade de realizar treinamentos de capacitação técnica ou de nível gerencial. Há inclusive a opção de testar soluções digitais em Indústria 4.0, realizando pilotos antes de levá-las para a fábrica. "A estratégia do SENAI-SP em possuir um modelo de fábrica aberto à integração de tecnologias nasceu da necessidade de demonstrarmos que o conceito da Indústria 4.0 pode ser implementado em qualquer empresa de forma gradativa por meio da utilização e integração de novas tecnologias com as já existentes", afirma o presidente do SENAI-SP, Paulo Skaf.

O demonstrador 4.0 do Senai-SP tem proporcionado às empresas o entendimento na prática de todas as possibilidades de potencializarem seus processos de manufatura. "A parceria com o BCG reforça o SENAI-SP como referência local e promove a integração global no estudo e aplicação da Indústria 4.0, ao mesmo tempo, atualizando nossos currículos educacionais e consolidando nossa atuação na prestação de serviços tecnológicos às empresas", afirma Skaf.

A Indústria 4.0 no Brasil

A quarta revolução industrial é caracterizada pelo conjunto de tecnologias aplicadas de forma integrada aos processos produtivos e administrativos, promovendo ganhos significativos à indústria por meio de flexibilização da linha produtiva, controle em tempo real de dados e informações, autonomia de processos, modularidade de células, customização em massa e novos modelos de negócios. A existência deste cenário se dá por meio da aplicação das tecnologias chamadas de habilitadoras que, quando interconectadas, permitem às empresas um tempo de resposta cada vez menor a eventos, de forma a constituir uma vantagem competitiva a nível operacional e estratégico. Para economias pouco competitivas, será uma oportunidade para sustentar novas estratégias, implementando processos mais conectados, ágeis e personalizados, com redução de custos e aumento de produtividade.

No caso do Brasil, a questão é ainda mais latente, já que o país ocupa hoje a 72ª posição no quesito competitividade, segundo o Relatório Global de Competitividade, publicado pelo Fórum Econômico Mundial em 2018. Além disso, há uma série de desafios locais, como altos custos com importação de tecnologias; falta de mão de obra qualificada; parque fabril pouco modernizado; carência de cursos de capacitação; e pouca disseminação de informação acerca do tema. "As empresas possuem uma grande oportunidade em mãos ao abraçar os avanços que a Indústria 4.0 pode proporcionar ao Brasil. O estabelecimento de uma verdadeira revolução produtiva, por meio do investimento em um nível pioneiro de eficiência e no desenvolvimento local, será fator decisivo para a geração de valor e vantagem competitiva. O ICO de São Paulo vem somar forças nesse sentido de impulsionar o país rumo a essa nova era", reforça Julien.

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