O Brasil vai montar seu primeiro centro afiliado ao Fórum Econômico Mundial (WEF) para a quarta revolução industrial (C4IR), que deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2020. A ação está sendo realizada em parceria com o Fórum Econômico Mundial e com o governo do estado de São Paulo. Inicialmente, o centro no Brasil atuará com políticas de dados, Indústria 4.0, internet das coisas, cidades inteligentes e blockchain.
O novo centro tecnológico terá sua sede instalada no Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) de São Paulo, integrando o projeto Centro Internacional de Tecnologia e Inovação (CITI), que sonha em criar um “Vale do Silício brasileiro”. Será utilizado um modelo já adotado pelo WEF, com financiamento das ações pela iniciativa privada. O centro vai reunir uma equipe multidisciplinar formada por funcionários das próprias empresas apoiadoras do projeto, acelerando a troca de experiências e a adoção de novas tecnologias.
A rede global do Fórum conta com centros afiliados em outros seis países – Noruega, Colômbia, Israel, África do Sul, Ruanda e Arábia Saudita – e centros globais nos Estados Unidos, na China, no Japão e na Índia. As equipes do novo centro brasileiro trocarão conhecimento com as demais unidades e, assim, vão participar do processo global de adoção de novas tecnologias.
De acordo com o secretário de produtividade Carlos da Costa, o Brasil ainda está longe da maturidade na indústria 4.0. “Somente 7,5% das empresas usam Indústria 4.0 com excelência, e só 2% das empresas brasileiras estão no estágio mais avançado de indústria 4.0, o que dá a dimensão da importância dessa parceria”, afirmou.
Para inserir as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) na quarta revolução industrial, haverá ações específicas. A partir de 2020, um grupo de 130 pequenas e médias empresas manufatureiras será o primeiro a testar esta abordagem proposta de desenvolvimento proposta pelo Fórum Econômico Mundial, pelo Ministério da Economia e pelo Estado de São Paulo. A meta é atingir um total de duas mil empresas até 2021, dentro do Programa Brasil Mais Produtivo da Sepec/ME.
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O programa piloto está testando 11 intervenções de políticas específicas, incluindo suporte financeiro inovador, acesso a apoio especializado com colaboração da indústria e conscientização e treinamento dos funcionários em habilidades necessárias na Indústria 4.0.
* Com informações do Ministério da Economia
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