A gigante americana de bens de consumo Procter & Gamble (P&G) inaugurou, em Louveira, no interior de São Paulo, o seu primeiro centro de inovação na América Latina. A cidade de Louveira, na região de Campinas, é sede de uma das fábricas da P&G desde 1996, sendo responsável pela fabricação da linha de fraldas Pampers. A opção pelo Brasil se concretizou depois que a multinacional decidiu fechar o seu centro de pesquisa e desenvolvimento em Caracas, na Venezuela.
O Brasil é hoje o terceiro maior mercado da P&G, que vai fazer pesquisas em parceria com a Universidade Estadual de Campinas. Contaram a favor de Louveira o talento técnico de alto padrão, proximidade com universidades de ponta e infraestrutura adequada. O espaço, que realizará atividades de pesquisa e desenvolvimento para toda a América Latina, conta com recursos como robôs, impressoras 3D e dispositivos ligados à internet das coisas (IoT).
A P&G investiu cerca de R$ 200 milhões em instalações, contratação de profissionais e viabilização das operações. A unidade será dedica a pesquisa e desenvolvimento de produtos para região da América Latina, além de países em ascensão, como a Rússia. O centro de inovação será responsável pela realização de pesquisas para diversos setores de negócios: cuidados com bebês, beleza, casa e higiene, femininos e orais com o objetivo de desenvolver produtos, embalagens e processos produtivos cada vez mais sustentáveis. Também serão realizadas no espaço pesquisas de mercado com consumidores.
Dos 13 centros da multinacional espalhados pelo mundo, o de Louveira é o único que integra fábrica, desenvolvimento de produto e linha de produção. Desde que as primeiras operações do centro foram iniciadas, ainda em 2017, o processo que liga essas três pontas já se tornou mais ágil. Segundo a CEO da P&G no Brasil, Juliana Azevedo, essa configuração vai permitir acelerar o tempo entre a criação e a distribuição do produto. Antes do atual centro de inovação, o período para um produto chegar ao mercado era de dois anos. Agora, diz a executiva, esse tempo é de nove meses. Segundo ela, é necessário diminuir ainda mais esse período. “Queremos trabalhar como uma startup enxuta, dando autonomia para que as pessoas atuem nas áreas certas”, diz a CEO da P&G.
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As pesquisas com consumidores servirão de base para o funcionamento do centro. Tudo vai começar em uma área que simula uma residência. Enquanto os consumidores testam os produtos que usam no seu cotidiano, cientistas avaliam, atrás de vidros espelhados, todos os hábitos do consumidor.
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