Impressão 4D cria objeto que muda de formato depois de pronto

Por: Inovação Tecnológica      30/04/2019 

Objetos que mudam de forma

De tecnologia emergente, a impressão 3D rapidamente se transformou em um dos fundamentos da indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial.

Mas você já está preparado para a impressão 4D?

A impressão 3D, também conhecida como manufatura aditiva, transforma projetos digitais em objetos físicos, construindo-os camada por camada, embora versões mais modernas já estejam fabricando objetos inteiros de uma vez só.

A impressão 4D baseia-se na mesma tecnologia, mas com uma grande diferença: São utilizados materiais especiais e projetos mais sofisticados para imprimir objetos que mudam de forma em resposta a alterações nas condições do ambiente onde o objeto impresso ficará - como a temperatura ou a luminosidade.

O resultado são materiais inteligentes que podem mudar sua estrutura - passando de duros como madeira a macios como uma esponja - ou mudar de forma - como asas de avião que se alteram para garantir sustentação durante pousos e decolagens e menos arrasto durante o voo de cruzeiro.

"Acreditamos que essa interação sem precedentes entre ciência dos materiais, mecânica e impressão 3D criará um novo caminho para uma ampla gama de aplicativos interessantes que melhorarão a tecnologia, a saúde, a segurança e a qualidade de vida," disse o professor Howon Lee, da Universidade Rutgers.

Materiais morfológicos

A equipe de Lee demonstrou o potencial da impressão 4D otimizando outra área já plena de novidades tecnológicas: Os metamateriais, materiais artificiais projetados para apresentarem propriedades não encontradas na natureza.

Apesar das demonstrações impressionantes, a forma e as propriedades dos metamateriais fabricados até agora eram irreversíveis - uma vez fabricado, estava selado o destino do metamaterial, que só funciona de uma determinada forma.


Continua depois da publicidade


Com a tecnologia morfológica, Lee e seus alunos demonstraram como ajustar os metamateriais depois de prontos, usando gatilhos simples, como o calor.

Em uma das demonstrações, a rigidez do material pode ser ajustada mais de 100 vezes variando a temperatura entre a temperatura ambiente (22º C) e um calor moderado de 90º C. O material pode ser reformulado para uma ampla variedade de aplicações - como a absorção de choques - e depois retorna ao seu formato e propriedades originais quando volta a esfriar.

A ideia da equipe é prover esses materiais morfológicos com sistemas de aquecimento para que eles possam formar asas de aviões ou drones que possam mudar de formato para melhorar o desempenho.

Outra aplicação vislumbrada são estruturas leves e retráteis, que poderão ser encolhidas durante o lançamento e reformadas no espaço para formar uma estrutura maior, como um painel solar.

Gostou? Então compartilhe:

 

Conteúdos relacionados

Impressão 3D transforma fabricação e restauração de veículos históricos nos EUA

Com tecnologias de manufatura aditiva, a C.J. Moyna & Sons superou desafios de produção, ampliou sua inovação e preservou veículos históricos da construção civil


Nestlé Brasil inaugura "mini fábrica" para autoprodução de peças de reposição para linhas de operação

Centro de Manufatura Aditiva opera com impressão 3D de componentes para reparos nos processos de fabricação de máquinas de café profissionais vendidas em todo o país


Aumento de armas impressas em 3D amplia debate sobre regulamentações nos EUA

O assassinato do CEO da UnitedHealthcare evidencia os riscos das armas fabricadas privadamente por impressoras 3D


Futuro do Trabalho: Funções em alta e desafios da lacuna de habilidades com novas tecnologias

Estudo aponta que 37% das competências no Brasil precisam ser atualizadas, destacando a urgência de qualificação em tecnologias digitais e IA