A 5ª edição do estudo "Futuro do Trabalho", conduzido pelo Fórum Econômico Mundial em colaboração com a Fundação Dom Cabral, destaca como tecnologias emergentes, incluindo inteligência artificial (IA), robótica e automação, estão moldando as dinâmicas do mercado de trabalho. Essas inovações, apontadas por 86% e 58% dos respondentes como transformadoras, devem redefinir funções e habilidades em diversos setores nos próximos anos, inclusive na indústria.
Segundo o levantamento, até 2030, 92 milhões de empregos tradicionais devem ser eliminados, enquanto 170 milhões de novos postos serão criados, resultando em um saldo positivo de 78 milhões de empregos globais. Entre as funções em crescimento, destacam-se vagas diretamente ligadas à Indústria 4.0, como especialistas em Big Data, inteligência artificial, desenvolvedores de software, engenheiros de veículos autônomos e especialistas em Internet das Coisas (IoT). De acordo com o estudo, as funções em alta são:
- Especialistas em Big Data;
- Engenheiros de Fintech;
- Especialistas em IA e Machine Learning;
- Desenvolvedores de Software e Aplicações;
- Especialistas em Gestão de Segurança;
- Especialistas em Armazenamento de Dados;
- Especialistas em Veículos Elétricos e Autônomos;
- Designers de Interface e Experiência do Usuário (UI e UX);
- Especialistas em Internet das Coisas (IoT);
- Motoristas de Serviços de Entrega;
- Analistas e cientistas de Dados;
- Engenheiros Ambientais;
- Analistas de Segurança da Informação.
- Engenheiro de DevOps.
- Engenheiros de Energia Renovável.
No entanto, a pesquisa também alerta para uma significativa lacuna de habilidades. No Brasil, 37% das competências atuais dos trabalhadores precisarão ser atualizadas para atender às novas demandas. Empresas do país indicam que as habilidades mais procuradas incluem alfabetização tecnológica, pensamento crítico e conhecimentos em IA e Big Data.
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Enquanto atividades tradicionais, como operadores de entrada de dados, assistentes administrativos e caixas bancários, estão em declínio, o estudo aponta que os avanços tecnológicos criam espaço para novas oportunidades. Cerca de 48% das organizações planejam transitar profissionais de funções em declínio para áreas em crescimento.
Especialistas em gestão de segurança, analistas de dados e engenheiros de energias renováveis são algumas das ocupações em ascensão, refletindo as prioridades da economia digital e sustentável. As competências mais relevantes, segundo o estudo são:
- Pensamento analítico;
- Resiliência, flexibilidade e agilidade;
- Liderança e influência social;
- Pensamento criativo;
- Motivação e autoconhecimento;
- Alfabetização tecnológica;
- Empatia e escuta ativa;
- Curiosidade e aprendizado contínuo;
- Gestão de talentos;
- Orientação para o serviço e atendimento ao cliente;
- IA e Big Data;
- Pensamento sistêmico;
- Gestão de recursos e operações;
- Confiabilidade e atenção aos detalhes;
- Controle de qualidade.
"Portanto, além de acelerar a adoção das novas tecnologias digitais já citadas, o papel da área de gestão de pessoas precisa ser fortemente revisitado, saindo de uma agenda pautada em regras, controles e normas, para um debate estratégico mais qualificado”, defende Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação da FDC. “Será cada vez mais necessário fazer uma análise mais adequada de perfis, mecanismos de avaliação, treinamento e promoção de pessoas em alinhamento ao contexto atual desafiador do mercado”, completa o especialista.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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