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Internet das Coisas é desafio para indústria brasileira

O desafio será a integração do maquinário mais antigo aos novos sistemas e tecnologias de rastreamento de dados lógicos das máquinas.

Por: Vivian Heinrichs      21/01/2019

A implantação de tecnologias de Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), com seus sensores e compartilhamento de dados, vem transformando globalmente todo o setor produtivo e, no Brasil, até 2025, segundo um estudo do BNDES, deve movimentar até US$ 45 bilhões na indústria, ao lado de US$ 39 bilhões no setor de saúde, US$ 27 bilhões em cidades inteligentes e US$ 21 bilhões no agronegócio.

O maior problema no Brasil tem nome: o legado. O desafio será a integração do maquinário mais antigo aos novos sistemas e tecnologias de rastreamento de dados lógicos das máquinas.

Por conta disso, a grande questão não é mais quando vamos embarcar na jornada digital, e sim como vamos viabilizar a transformação digital rumo à Industria 4.0, identificando qual é a jornada de implementação dessas novas tecnologias, e as inovações que realmente vão trazer resultados efetivos.

Os líderes de negócio brasileiros já estão cientes dessa necessidade. Uma pesquisa da Softex apontou que a adoção de tecnologias de IoT está no topo das prioridades de investimento dos executivos de TIC, à frente da computação em nuvem e blockchain. Entretanto, muito tem se planejado sobre o IoT, sem que necessariamente os projetos tenham saído do papel ainda.

 

A indústria 4.0

Com os insights gerados em toda a cadeia produtiva, a indústria pode se adaptar à crescente expectativa dos clientes e ganhar mais velocidade de entrada no mercado. Com a implantação de soluções de IoT e Analytics, é possível, no processo de design dos produtos, usar os dados sobre o seu uso e desempenho em tempo real e também os comentários dos clientes. Além disso, o compartilhamento dos dados aumenta a colaboração entre as equipes, parceiros e clientes. Assim, ao final, é possível perceber uma redução nos custos, no desperdício e no prazo de entrega dos seus ciclos de desenvolvimento.


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Um outro desafio que a indústria vai enfrentar é a força de trabalho. Hoje, é o empregado do chão de fábrica quem detém o conhecimento técnico da resolução dos problemas. Esse conhecimento não está estruturado, e está arraigado em um “modo de fazer” inerente à própria indústria no Brasil. Conectividade significa deter a informação estratégica também e antecipar-se às necessidades de infraestrutura, reduzindo recursos no que tange à manutenção e tempo de parada –além de ter um processo estruturado de gestão do parque fabril.

 

Para além da conectividade

Outro aspecto que precisa estar no radar dos gestores a respeito da indústria 4.0 é o processamento dos dados e a segurança das informações. Mais do que nunca, uma arquitetura voltada para edge computing terá que integrar o planejamento de transformação digital. Isso significa que aumento de poder de processamento e uma camada extra de segurança e governança de dados vão ser imprescindíveis.

Neste sentido, o maior desafio dos gestores interessados em iniciar essa transformação será o de encontrar um parceiro de negócios que consiga integrar de maneira assertiva não apenas a conectividade na planta, mas que consiga suprir as necessidades do negócio, que são o processamento dessas informações, a segurança e a governança dos dados. Certamente, a transformação na indústria vai envolver muito mais do que unir “bits e bytes”, passa também por uma profunda transformação organizacional.

Com os insights gerados em toda a cadeia produtiva, a indústria pode se adaptar à crescente expectativa dos clientes e ganhar mais velocidade de entrada no mercado. Com a implantação de soluções de IoT e Analytics, é possível, no processo de design dos produtos, usar os dados sobre o seu uso e desempenho em tempo real e também os comentários dos clientes. Além disso, o compartilhamento dos dados aumenta a colaboração entre as equipes, parceiros e clientes. Assim, ao final, é possível perceber uma redução nos custos, no desperdício e no prazo de entrega dos seus ciclos de desenvolvimento.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Vivian Heinrichs

Líder de IoT para América Latina da Softline Brasil