A Indústria 4.0 que é a transformação da manufatura, tem como um de seus principais pilares, a Internet das Coisas. Esse anunciada revolução industrial motivou a ABINC (Associação Brasileira de Internet das Coisas) a criar o Comitê de Manufatura, agrupando diferentes segmentos industriais no Brasil.
O foco é apresentar o potencial dessa transformação digital na manufatura e fomentar a adoção pelas empresas brasileiras de todos os portes para que não fiquem desconectadas das cadeias globais de fornecimento. O objetivo é dar um grande salto em produtividade e eficiência na manufatura do país, já que no Brasil a sua utilização ainda é tímida.
Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que o país ocupa a 17ª posição no estudo sobre a posição competitiva da Indústria 4.0 feito. Foram avaliados critérios como a disponibilidade e custo de mão de obra, infraestrutura e logística, tecnologia e inovação e o peso dos tributos.
O Comitê está engajado no desenvolvimento de frameworks sobre Indústria 4.0 e Internet das Coisas com intuito de facilitar o entendimento e implantação de tecnologias 4.0, aliado a divulgação de casos reais e a elaboração de road maps para identificação no nível de maturidade das organizações brasileiras sobre o conceito e aplicações da Indústria 4.0.
"Apesar de já muito discutida e propagada, a aplicação da Internet das Coisas na indústria ainda está no início e temos muito o que aprender para crescer e desenvolver, e para isso estamos criando pontes entre empresas e governos e disseminando as novas tendências, novidades e formas de fazer", destaca Flávio Maeda, Presidente da ABINC
12 benefícios da manufatura conectada segundo a ABINC:
1 Conectividade: Permite a conectividade e comunicação segura entre máquinas e equipamentos nos processos produtivos que trazem transparência e controle na produção jamais imaginados, dados reais a todo momento, facilitando planejamentos e tomadas de decisão;
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2 Troca de dados: Clientes e fornecedores podem trocar informações em tempo real para antecipar demandas e proporcionar equilíbrio aos processos produtivos;
3 Sensoriamento: Sistema com sensores que conseguem monitorar e detectar pequenos desvios de funcionamento do maquinário, permitindo que o profissional antecipe suas ações;
4 Customização: Traz opções de customização, onde o consumidor pode interagir com aplicativos e ganhar um auxílio na escolha de opções mais adequadas, resultando em personalização de produtos e embalagens;
5 Integração: Permite a integração entre pessoas e máquinas em trabalhos mais complexos, em que o robô executa a parte mais difícil, enquanto o funcionário atua em complemento;
6 Impressão 3D: A manufatura aditiva possibilita a produção de peças via impressoras 3D, que moldam o produtor por meio de adição de matéria-prima, sem o uso de moldes físicos;
7 Simulação: Por meio de simulação, os operadores testam e otimizam o processo e produtos ainda na fase de concepção, diminuindo os custos e o tempo de criação;
8 Cloud: O recurso da computação na nuvem proporciona a digitalização de produtos e processos produtivos;
9 Big Data: Verificação detalhada de números e estatísticas de uma indústria por meio do Big Data Analytics. O sistema identifica falhas nos processos, ajuda a otimizar a qualidade da produção, economiza energia e torna mais eficiente a utilização de recursos;
10 TI Manufatura: Os sistemas de tecnologia da informação (TI), juntas com as tecnologias operacionais (TO), integram uma cadeia de valor automatizada, por meio da digitalização de dados;
11 Realidade Virtual / Realidade Aumentada: Integração simultânea do ambiente real e virtual por meio da realidade aumentada, tecnologia que proporciona a exibição de imagens virtuais no ambiente real;
12 Segurança de dados: Aplicação de cyber-segurança, pois como há muitos equipamentos conectados e a internet é um ambiente aberto, são necessários não só procedimentos de governança de TI, mas de padrões que garantam uma rede segura.
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