O caminho mais prático e lógico para se conhecer o DNA de uma cadeia produtiva parte primeiramente de uma análise em seu fluxograma e da formatação dos seus indicadores. O primeiro, quando devidamente atualizado, pode informar em detalhes o funcionamento e a lógica adotada durante a elaboração da cadeia produtiva e a estruturação do respectivo sistema operacional com seus periféricos. Essa análise também permite fazer uma perfeita avaliação no que se refere à confiabilidade dos produtos e/ou serviços produzidos. Um fluxograma bem feito deve conter todos os passos operacionais existentes em uma cadeia produtiva e como cada um é medido e controlado.
Gostaria também de salientar que um mesmo produto pode ser fabricado de várias maneiras diferentes em função do raciocínio lógico aplicado pelos seus elaboradores, chegando, porém, aos mesmos denominadores comuns, isto é, obtendo sempre os mesmos resultados operacionais previstos no Plano de Negócio.
Para cada solução existem milhares de alternativas exequíveis e satisfatórias que podem ser aplicadas, principalmente quando da existência de ambientes e situações adversas e/ou específicas.
Dentro da imensa diversidade de aplicações, que podem ser adotadas durante a elaboração de uma cadeia produtiva, temos alguns fatores muito importantes a serem considerados, como tipo de produto, tecnologia aplicada nos processos, pesos e medidas, instruções normativas, volumes de produção, digitalização e integridade operacional.
Quando falamos em integridade operacional, temos um regime de proporcionalidade, pois quanto maior a integridade exigida ou necessária, maior o investimento a ser feito em capacidade de processamento, tempo de respostas e autocontrole operacional.
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Sistemas totalmente integrados e compatíveis dentro de um mesmo sistema operacional são extremamente importantes para a eficiência operacional de uma cadeia produtiva, e seus devidos benefícios devem ser integralmente aproveitados.
Quando falamos em volumes, estamos falando em mundos totalmente diferentes, onde o raciocínio lógico e seus indicadores têm obrigatoriamente características muito diferenciadas, bem como diferentes planos de contingência e indicadores.
Nas operações em regime de altos volumes, o tempo rápido de resposta do sistema operacional é crucial, e o contingenciamento das variações, mais abrangentes. Neste caso, tudo aqui é muito rápido, e a funcionalidade e flexibilidade dos processos devem trabalhar com tolerâncias mais folgadas e eficientes.
A visibilidade de acontecimento das não conformidades também deverá ser aperfeiçoada e aferida com maior frequência, evitando assim falhas e quebras na cadência produtiva.
Nas operações em regime de baixo volume, todos esses aspectos mencionados podem ser amenizados, inclusive o nível de automação a ser aplicada. Nesse caso, a lógica e a aplicabilidade dos processos podem ter uma solução mais simples e conservadora no que se refere à confiabilidade do sistema operacional e qualidade assegurada no produto final.
O fator volume pode mudar drasticamente o fluxo de produção e/ou as tecnologias aplicadas, portanto deve ser sempre levado em consideração já na fase de desenvolvimento dos produtos, evitando assim processos industriais de alto custo ou com pouco desenvolvimento tecnológico e logístico.
As soluções digitais são ferramentas importantes no controle dos processos de uma cadeia produtiva, mas também devem ser racionalizadas à medida do necessário, digitalizando-se somente o importante para o sistema operacional.
Os pesos e medidas, juntamente com as instruções normativas, também geram necessidade de determinadas diversidades nos processos operacionais relativos e, por consequência, podem afetar o DNA de uma cadeia produtiva.
Conclusão
A competitividade de um produto em relação aos seus concorrentes parte da premissa de que sua cadeia produtiva é mais eficiente, mais flexível, menos custosa e mais autocontrolada, e sempre com mínima intervenção humana. A diversidade na aplicabilidade dos processos/tecnologias existe e é muito salutar, pois permite assim adoção de soluções específicas para cada caso, eliminando pontos frágeis e gargalos que dificultam as tarefas operacionais.
Todas as lógicas operacionais aplicadas podem ser boas, desde que entreguem os resultados planejados.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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