Simulação de processos produtivos na indústria 4.0

Entre outras vantagens, simulação de processos produtivos aumentam previsibilidade dos meios de fabricação

Por: Guilherme Rodrigues      22/02/2024

Os impactos da transformação digital sobre a indústria 4.0 para os indicativos de produtividade, redução de custos e controle sobre processos produtivos estão modificando de forma irreversível as operações industriais. Mercados mais voláteis em resultados e consumidores cada vez mais exigentes atuam acelerando, no contexto da manufatura digital, a adoção de metodologias que tornem os projetos industriais mais precisos, ágeis e customizáveis.  Neste contexto, os simuladores digitais têm sido cada vez mais utilizados em empresas de diversas áreas para otimizar resultados dos projetos e avançar em termos de competitividade. 

Considerada como um dos principais pilares da indústria 4.0, a utilização da simulação de processos produtivos em projetos digitais voltados para a evolução da manufatura avançada traz uma série de benefícios. Além de contribuir para a performance de mercado, ela possibilita garantir a eficácia de investimentos associados à produtividade e redução de recursos financeiros e técnicos. 

Simulação melhora processos da indústria

A implementação da simulação de processos produtivos resulta em um planejamento mais assertivo capaz de evitar o desperdício de recursos em uma indústria. Por sua capacidade de lidar com a aleatoriedade dos sistemas produtivos de maneira eficaz, a ferramenta possibilita aos gestores tomar decisões com base em resultados confiáveis, antes mesmo de implementá-los na prática. 

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Em todo o mundo a ferramenta é apontada como das principais tendências tecnológicas a serem aperfeiçoadas para um futuro próximo. Embora seja uma das soluções em expansão na indústria 4.0, no Brasil a adoção de simuladores para o desenvolvimento de processos industriais ainda tem um longo caminho a percorrer.  De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2021, apenas 69% das empresas brasileiras usavam alguma das tecnologias da indústria 4.0. Embora tenha ocorrido um aumento nesses números nos últimos anos, ainda há uma grande lacuna a ser preenchida.


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Nas indústrias onde são utilizados, os modelos digitais que emulam etapas reais da produção possibilitam ajustar parâmetros para obter resultados que aumentem a competitividade do negócio. Com a ágil e eficiente criação da simulação de plantas industriais, o sistema traz à indústria a capacidade de maximizar seus resultados de micro e macro processos. 

Nesse contexto, o uso de tecnologias como a realidade virtual atrelada à ferramenta permite projetar, configurar, validar e simular o desempenho da produção, antes de ser colocado em prática em uma fábrica real. Prevendo e avaliando os possíveis impactos na produção, os dados coletados na simulação contribuem para ajustar os processos para a máxima eficiência. 

Em outras palavras, ao simular processos produtivos tem-se a oportunidade de aumentar a previsibilidade dos meios de fabricação e calendários de entrega que dependem da produtividade e dos recursos disponíveis na linha fabril. Isso permite lidar com cronogramas mais realistas, garantindo a satisfação do cliente quanto aos prazos de entrega da fábrica. 

Quais as vantagens da simulação de processos?

As principais vantagens práticas para as indústrias que utilizam simulação de processos produtivos estão: 

  • Análise de processos futuros e validação de projetos ou processos de fábrica;
  • Criação de cenários para otimização da produção no desenvolvimento de layouts e instalações industriais;
  • Gestão da cadeia de suprimentos e dos recursos disponíveis na linha de produção;
  • Projetos conceituais de unidades fabris e sequenciamento ideal para diferentes contextos e sistemas de manufatura;
  • Desenvolvimento de setup inteligente de máquinas fabris.

 

*Imagem de capa: Depositphotos

 

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Guilherme Rodrigues

Guilherme Rodrigues é desenvolvedor de negócios da Fundação CERTI, mestre em Ciência e Engenharia de Materiais na área de Interconexão de Componentes Eletrônicos.

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