Com a chegada da pandemia e o cenário cada vez mais incerto, observamos uma grande dificuldade do setor industrial retomar suas atividades, afinal muitas empresas infelizmente desapareceram enquanto outras prosperaram, principalmente as que passaram a investir em tecnologia nos últimos anos. O Brasil foi um dos países mais afetados, pois houve ruptura de praticamente todas as cadeias de suprimentos. Passamos por um momento de absoluta incerteza do vírus - pelo menos no início -, no qual tivemos que fazer lockdown, mas ainda assim havia a necessidade eobrigatoriedade de manter a fabricação de diversos segmentos ativos.
Como prova, o ranking publicado anualmente pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), em parceria com a Universidade de Cornell e o Instituto Europeu de Administração de Empresas (INSEAD), afirma que o Brasil ficou em 62º lugar entre 131 países posicionados no Índice Geral de Inovação. Essa posição demonstra o quanto estamos atrasados quando se trata de desenvolver tecnologias que ajudem a indústria nacional depender menos da proteção do mercado internacional. Mesmo assim, nosso país tem quase metade do PIB sustentado pela indústria primária que se baseia em commodities. Apesar da indústria ter sofrido nos últimos meses, o setor primário teve superávit por relação à demanda global e câmbio (dólar forte é ótimo para empresas exportadoras).
O problema é que, ao redor do mundo, vários países já estão mais avançados e apresentam uma grande evolução no que diz respeito a investimentos em tecnologia. Um relatório divulgado pela consultoria Boston Consulting Group (BCG) projetou um crescimento exponencial no setor de robótica até o final da década, entre seis e dez vezes. Estima-se um salto de US$ 25 bilhões de faturamento em 2021 para US$ 160 bilhões e US$ 260 bilhões em 2030. Esse resultado se dará pelas inovações de startups e empresas que perceberam o quanto o uso da tecnologia é importante e principalmente devido às mudanças do comportamento do consumidor.
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Nessa mesma pesquisa temos mais um ponto importante: acredita-se que as máquinas semiautônomas vão realizar cada vez mais tarefas. Um bom exemplo disso são os cobots, que hoje já podem ser inseridos no mercado em diferentes setores e para diversas atividades, por permitirem uma automação de baixo risco. Pensando nisso, há empresas de robôs colaborativos que oferecem uma plataforma versátil e flexível que simplifica a forma como automatizar processos e traz uma nova perspectiva de ganhos operacionais e financeiros. O resultado? Cada vez mais empreendedores os utilizam em situações completamente inovadoras para suprir gaps que previamente não eram possíveis. Hoje no universo não-industrial há diversas maneiras de aplicação, como na arte, varejo, hospitality, construção etc.
No futuro já se pode imaginar a realização de trabalhos com a ajuda de um colaborador humano apenas em algumas situações. E muito mais do que isso, uma operação totalmente autônoma e sem envolvimento do profissional. Para finalizar, reafirmo que aqueles que não se desenvolverem e não buscarem inovações que vão de encontro ao mercado atual, ficarão para trás. É imprescindível que o Brasil corra atrás do prejuízo e comece agora uma revolução. Que tal você fazer parte disso?
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