Já faz algum tempo que a indústria percebeu que somente investindo em tecnologia poderá atender às exigências do chamado consumidor 4.0. E para além da inovação no ambiente fabril, existem diversas tecnologias disponíveis também a outros departamentos da empresa, inclusive, apoiando estratégias de marketing. Esses projetos especiais envolvem novas experiências de consumo e um contato mais direto com o cliente final.
Podemos dizer que o consumidor 4.0 é individualista e muito bem informado, além disso ele deseja produtos customizados de acordo com suas necessidades, hábitos e gostos pessoais. Há quem diga que os novos clientes também são pouco fiéis às marcas e impacientes e que para agradá-los as empresas precisam de um esforço extra. Esse movimento que se refletiu no empoderamento do consumidor trouxe à tona a necessidade de conhecer os desejos e anseios de cada indivíduo para ofertar produtos e serviços que estejam alinhados à essas expectativas.
O desafio, portanto, é tornar a linha de montagem flexível sem perder em produtividade. Imagine você o trabalho que dá reestruturar a produção de uma fábrica para tornar viável a hiper customização dos produtos mantendo a competitividade. Esta é a grande revolução da Indústria 4.0 e especialistas estimam que até 2025 cerca de 40% das empresas atuais não irão acompanhar a evolução tecnológica e serão extintas.
No Brasil, podemos observar iniciativas do setor de bens de consumo que, a partir da implementação de equipamentos e softwares inteligentes conseguem garantir a produção customizada em larga escala. Como exemplo disso posso citar um projeto desenvolvido por uma empresa que vende cápsulas de café que permitiu aos clientes customizarem as caixas de cápsulas. O investimento da empresa partiu da percepção de que não era possível aos clientes diversificarem os sabores das cápsulas comercializadas nos canais de distribuição do varejo. Essa investida trouxe, além de um aspecto de inovação, um importante fator de competitividade perante o consumidor, que se sente muito mais atendido em sua individualidade e seguro para experimentar novos sabores.
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Há também uma grande fabricante de chocolates que investiu recentemente em um quiosque tecnológico, instalado em um shopping de São Paulo, que permite ao cliente, por meio de uma interface interativa e gamificada, realizar sozinho todas as etapas da compra de uma caixa de bombons que pode, inclusive, ser customizada com os sabores de sua preferência. A caixa é preparada na hora e o cliente ainda vê o robô colaborativo em ação.
E se tratando de hiper customização a indústria automotiva não fica atrás em projetos de inovação. Existem iniciativas que envolvem carros personalizados de acordo com os gostos pessoais do comprador. Já é possível, por exemplo, escolher o modelo do painel do carro ou o formato do para choques sem que isso tenha um custo adicional no valor final do veículo que vem direto da fábrica, do jeito que você montou no site ou na loja.
Em todos esses casos existem empresas especializadas e dispostas a apoiar as estratégias das áreas na hora de viabilizar ações de aproximação com os clientes finais. Seja no chão de fábrica ou no atendimento direto aos consumidores, a tecnologia se faz presente na relação das marcas que caminham para uma realidade cada vez mais transparente e conectada com a sociedade.
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