Com as empresas se adaptando a Indústria 4.0, como será o profissional da 4ª Revolução Industrial ?

Um novo perfil profissional irá aparecer com a 4ª Revolução industrial. Para se trabalhar no chão de uma fábrica digital, será preciso desenvolver novas competências.

Por: Cristian Machado De Almeida      30/09/2018

Com a rápida automatização dos processos e de máquinas junto com a Internet das Coisas (IoT), as empresas começam a ter um novo modelo por todo o mundo. A indústria 4.0 irá mudar radicalmente suas linhas de montagem, e cada vez mais começarão a produzir produtos inovadores e customizados para seus clientes em um futuro cada vez mais próximo. Dentro dos processos produtivos estarão presente no dia a dia dos colaboradores muito mais robôs, e com isso mudará o perfil dos profissionais, pois além de saber trabalhar com as máquinas estes também aturão de forma colaborativa junto com os robôs, estas serão algumas das características que as Indústrias procuram nos profissionais.

Em uma pesquisa realizada pela Consultoria Roland Berger estimou a escassez de mais de 200 milhões de trabalhadores qualificados no mundo, nos próximos 20 anos. Um dos principais motivos para esse cenário é a necessidade de cada vez mais ter uma mão de obra qualificada, seja nos processos produtivos ou administrativos. Isso não significa que os colaboradores serão eliminados das linhas de produção ou dos escritórios, estes em muitas empresas ficarão concentrados em tarefas estratégicas e no controle de projetos desde que acompanhem as mudanças e busquem as especializações necessárias.

Com todas essas mudanças, qual será o impacto na vida dos profissionais? Para que tenhamos uma visão melhor sobre essas mudanças podemos olhar para a Alemanha onde a 4ª revolução Industrial está muito mais avançada. Uma estimativa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) indica que o número de empregos devem aumentar 6% nos próximos dez anos. A demanda por funcionários no setor de engenharia mecânica deve subir ainda mais, cerca de 10%. A expectativa no geral é que sejam criados cerca de 960 mil postos de trabalho, principalmente nas áreas de TI e de desenvolvimento de software.


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O Brasil ainda caminha a passos lentos a caminho da Indústria 4.0, porém é um assunto que desperta e muito o interesse não somente dos profissionais que atuam nas fábricas, mas também de muitos jovens que olham para esse caminho como um grande desafio. Se nos últimos anos o interesse dos jovens não estavam voltados a indústria, com esse "renascimento" das indústrias no geral e com elas se adptando a Indústria4.0 os jovens poderão olhar para elas com um olhar desafiador. Não somente os alunos mais aqueles profissionais que ainda pretendem se manter nas indústrias, e tem o interesse crescente em entender essa convergência entre informação, TI, eletrônica e hardware terão um grande campo pela frente.

Com esse cenário, quem quizer conquistar espaço nas fábricas do futuro deverão desenvolver novas habilidades, dentre a mais comum será preciso aprender a trabalhar lado a lado com robôs colaborativos para aumentar a produtividade, com isso no dia-a-dia trará mais espaço para exercer funções mais complexas e criativas. Este profissional não será responsável apenas por exercer uma parte específica de um linha de montagem, mas por todo o processo produtivo. É preciso estar aberto a mudanças, ter flexibilidade para se adaptar às novas funções e se habituar a uma aprendizagem multidisciplinar contínua.

Muitos especialistas afirmam que ter uma visão multidisciplinar não significa que o conhecimento técnico perdeu importância no currículo, muito pelo contrário uma formação acadêmica na área de Engenharia, na área de T.I é importante, mas não será suficiente, isto por que as competências aprendidas em uma graduação valem a cada ano menos tempo. Será preciso se especializar em diversas frentes e conhecer um pouco mais de cada coisa e claro gostar de tecnologia, de inovação e principalmente de ter curiosidade para aprender e acompanhar uma indústria que sempre se reinventa.

Como dito por Charles Darwin " Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta as mudanças"

 

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Cristian Machado De Almeida

Cristian Machado De Almeida

Formado em Engenharia de Produção e Pós graduação em Indústria 4.0. Atualmente trabalhando como Coordenador de Planejamento e Controle de Produção na Calvo Cestas Básicas, atuando na Consultoria Nova Fase Tecnologia como Industrial Business Development e Representante Comercial do Festival Internacional de Tecnologia e Comunicação.